20/07/2008

CEARÁ SPORTING CLUBE - CORDEL E FUTEBOL


Direito autoral Poeta Padua de Queiróz - ano 2006

RAÇA DE CAMPEÃO


Literatura de Cordel
Raça de Campeão

O VOVÔ  pegou um jeep
E se mandou pro Castelão,
Mas no meio do caminho
Atropelou um leão.
A T.U.F., logo fez drama
Ligaram  para o IBAMA,
Mas veja que decepção.

O Diretor do IBAMA
Que atendeu ao chamado,
Foi dizendo: neste trote
Só quem cai é abestado!
Ligue pra outro setor,
Tô indo para a CEARAMOR
E já estou atrasado.

Foi um tal de Ribamar
Que insistiu na ligação,
Pra delatar ao IBAMA
O competente Vozão,
Que estava sendo acusado
De ter enfim atropelado
Em plena rua um leão.

Do outro lado da linha
Atendeu o secretário
Dizendo pra Ribamar:
Eu não sou nenhum otário!
Amigo deixe de besteira,
Que na Fauna Brasileira
Leão não é Temerário.

Eu te digo com certeza
Por favor não fique triste,
Ribamar esse seu bicho
Nem no Ceará existe.
Aqui tem Canario, Gavião,
Jumento e até Tubarão
Sua denúncia não consiste.

Este relato leitor,
Não passa de gozação
Estou cansado de ver
Tamanha desmoralização.
O time de Fortaleza
Sempre tem a certeza
De na justiça ser campeão.

Não trabalha como deve
Trabalhar o vencedor,
Quem não lembra de Zezinho
O grande goleador,
Que com um gol fenomenal
Adiou a tal final
Que o adversário arregou.

Mas a realidade é outra
Justiça so a Divina,
Jesus Cristo é o Juíz
Verdadeiro que ensina,
Que quem trabalha direito
Alcança glória e respeito
E o adversário se inclina.

Mesmo que o adversário
Gaste mais de um milhão,
Mesmo que só consiga
Fora de campo ser campeão
E seja cheio de estrelas
Nunca será parelha
Pro melhor da região,

Agora vou narrar o jogo
Que prevaleceu a verdade,
No dia nove de abril
As quatro horas da tarde,
O Voi escalado
Desde o domingo passado
Sem polêmica, sem alarde

O Tecnico do alvinegro
José Teodoro Bonfim,
Para o jejum de três anos
De repente ter um fim,
Escalou no Ceará
Pra vitória conquistar
Dessa maneira assim:

No gol o paredão Adilson
Que foi muiti criticado,
Quando na primeira fase
Devido aos maus resultados,
Agora estava inteiro
Nas costas o número primeiro
Por ele seria levado.

Arlindo Maracanão,
Com Sérgio que foi Tricolor,
Nas laterais jogariam
Cobrindo ou sendo armador
Clécio e Preto na zaga
Com Léo Gago na rebarba
Era o Trio Defensor.

Leanderson e Jorge Henrique
Com Luis Fernando sobrando
Ao lado de Aleluia
O meio foi se formando.
Vinicius, o grande craque
Isolado no ataque
Como um tanque atirando.

O time estava formado
Só faltando definir,
O time adversário
Comandado por Jair
Que não era muito sério
Pois fez oaior mistério
Bota aqui e tira ali.

Só decidiu no final
A escalação do plantel
Como sabendo o segredo
Que abelha fez o mel
Por causa de um tal Mazinho
Mercenario e infiel.

Quando o apito trilou
A torcida do Vozão,
Já gritava em alto tom:
É campeão, campeão!
Arlindo e Aleluia,
Davam até banho de cuia
No gramado do Castelão.

A zaga do Alvinegro
Parecia está treinando,
Adilson lá nos três Paus
Até pensamento pegando.
Termina o primeiro tempo
Então começa o tormento
Do adversário chorando.

Quem tinha o tal homem Raio,
Se esqueceu de rezar
Para o Santo São José,
Padroeiro do lugar,
Mandar nuvem carregada
Que raio sem enchurrada
Raramente cairá.

O raio que não caiu,
O leão que só miou
Nada podia afetar
O Vovô da CEARAMOR,
Que junto com Maurição
Gritava é campeão,
Clodoaldo e matador!

Zé Teodoro sensato,
Sabia que não era preciso
Utilizar o pesadelo.
Do seu arque-inimigo
Quando Vinicius marcou
O gol que então acabou
O sonho de seus ex-amigos.

Foi então que aconteceu
O que todo mundo esperava
O Tanque ria de um lado,
Do outro o Raio chorava.
Eugênio vitorioso,
Ribamar triste e choroso
Nem mesmo acreditava.

O árbitro encerrou o jogo,
O vozão ergue a taça,
A união goza a alegria.
A soberba chora a desgraça
E a moral da história:
Só consegue a Vitoria
Quem tem fé , amor e raça.

Eu dedico este cordel
Pra quem faz acontecer.
Pra quem luta e não desiste,
Pra quem sabe e que viver.
Ao povo do meu país
Alvinegro mais feliz
Estes versos é pra você.

(Pádua de Queiróz, 10 de abril de 2006)

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