08/07/2008

SANTOS DUMONT E A MARAVILHOSA HISTÓRIA DA AVIAÇÃO

Um belo dia, conversando com Pádua, até porque estreitamos nossa amizade de primos devido ao seu amor pelo cordel, poesia. Conversar com Pádua é uma coisa louca. Posso até dizer que é um delírio. Ele fala de sua vida com tanta simplicidade e amor. Olha que o cabra é sofrido viu! Mas mesmo assim traz em seu coração pureza.
Eu realmente sou fã de meu primo. De reptente ele diz: Maria. Eu, bem rapidinho, junto com meu irmão (amigo) Stellson, fizemos um cordel em homenagem aos 100 anos da aviação. É em homenagem a Santos Dumont.

Você previsa ler para ver o como está bonito. Então eu dizia. Mande agora Pádua para mim. Eu vou tentar publicar na Câmara. Mas minha prima eu sou anti tecnologia. Não tenho condições de ter e nem sei usar. Como eu vou mandar. Eu também estou desempregado e não tem nenhum ral para lhe enviar pelo correio.
Pôxa primo. Não me deixe frustada. Espere prima. Stellson está aqui do meu lado dizendo que vai na casa de um amigo que tem esse troço aí de computador e vai mandar para você. Olha prima. Está bonito que está danado.
E então demorou quase 15 dias para eu receber o cordel. Agora dedico a vocês.

Então aqui está o cordel.

Maria Queiróz




DIREITO AUTORAIS DE PADUA DE QUEIROZ/STELLSON DIONNE

Neste ano comemoramos
o centenário da Aviação
e no repente do verso
eu homenageio,então
ALBERTO SANTOS DUMONT
com respeito e gratidão.

Quando DEUS fez o mundo
criou também a ciência
para o homem compreender
o valor da existência
progredindo dia-a-dia
com trabalho e sapiência.

E com isso o Ser Humano
travou grandes desafios
contra a Mãe Natureza
fazendo pontes nos rios
desbravando Oceanos
embarcado em navios.

Por conta de tal desejo
e sua fértil imaginação
evoluiu experimento
no ramo da aviação
até asas foram usadas
no alto de uma construção.

Enquanto ele não voava
só existia um jeito
pra tirar os pés do chão
e sentir-se satisfeito
criavam então estórias
de heróis alados e seus feitos.

Como 'Nas mil e uma noites'
estórias do Oriente
em que a Rainha SHERAZADE
contava antigamente
que lá o homem voava
num tapete velozmente.
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Ele apenas precisava
desejar aonde ir
que o seu tapete mágico
o levava por aí
era assim que ele voava
nos tempos do GRÃO- VIZIR.

Quem não se lembra de ÍCARO
filho de DÉDALO, o grego
que construiu suas asas
no absoluto segredo
para fugir do Rei MINOS
que só lhe causava medo.

ÍCARO conseguiu fugir
mas não teve muita sorte
a cera de sua asa
não resistiu ao sol forte
e caiu no Mar EGEU
para os braços da morte.

Antes da Idade Média
o homem já conhecia
muitas estórias de bruxas
adeptas da feitiçaria
que voavam sempre a noite
sob o poder da magia.

Essas bruxas eram mágicas
bem diferentes das fadas
que voavam no firmamento
sem tapetes e sem asas
elas usavam vassouras
mágicas que tinham em casa.

Eu agora me recordo
do PAVÃO MISTERIOSO
uma máquina inventada
por um mago engenhoso
a pedido de um rapaz
que vivia ansioso.
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Pois este jovem rapaz
estava apaixonado
por uma linda princesa
de um distante Reinado
e voou pra conquistar
o seu amor desejado.

Ninguém contribuiu mais
no ramo da ficção
para inspirar o homem
ír além da imaginação
do que o francês JULIO VERNE
e suas estórias de balão.

JULIO não foi somente
um mero e simples escritor
foi também um visionário
um grande conhecedor
um estímulo para o homem
tornar-se um aviador.

Eu contei algumas estórias
que eu recordo no momento
onde nota-se o desejo
e também o pensamento
do Ser Humano, de
conquistar o Firmamento.

Deixemos a mitologia
e as lendas para trás
vamos viajar na HISTÓRIA
do homem que hoje faz
projeto de colonizar:
Marte, Venus e outros mais.

Foi na Idade Média
que deu-se então o início
religiosos inventavam
cada dia um artificio
máquinas imitando pássaros
saltando de precipício.
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Os poucos que tinha sorte
conseguiam até planar
outros nem sobreviviam
para a experiência contar
porque com a própria vida
era o preço a pagar.

Devido à tão alto preço
muito invento nem saía
e ficava só no papel
pois o inventor temia
e quem tentasse voar
no chão o corpo jazia.

Até LEONARDO DA VINCI
num projeto trabalhou
ele que era arquiteto
e um brilhante pintor
no ramo da Aeronáutica
também experimentou.

Depois de muitos estudos
chegou ele a conclusão
que só se podia voar
se tivesse propulsão
para realmente ter êxito
a cada nova invenção.

Um dia LEONARDO DA VINCI
arquivou o seu projeto
pára-quedas, helicóptero
um tão estranho objeto
e dedicou-se a pintura
e o trabalho de arquiteto.

No início do Século XVIII
BARTOLOMEU DE GUSMÃO
brasileiro que morava
na corte do Rei DOM JOÃO
apresentou seu invento
em forma de um balão.
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Aquele Rei português
de PASSAROLA,chamou
e parecia um pássaro
o que ele inventou
e ainda o apelidaram:
GUSMÃO , o padre voador.

Contam duas versões
do aeróstato de GUSMÃO
sobre o dia do teste
diante do Rei DOM JOÃO
vou contar-lhe a do êxito
e a outra da decepção.

Foi na sala das embaixadas
no dia da exibição
devido ao gás inflamável
pegou fogo o tal balão
ameaçando a segurança
da família de DOM JOÃO.

A outra história que eu sei
é a do êxito do brasileiro
que testou o seu balão
bem no meio do terreiro
subiu com ele aplaudido
pelo povo estrangeiro

Mas por pouco,muito pouco
o nosso padre GUSMÃO
que era simpatizante
dos cristãos novos de então
quase foi para a fogueira
acesa da INQUISIÇÃO.

GUSMÃO inventou o método
para subir o balão
descobriu que era o ar quente
o segredo da ascensão
ainda hoje é questionado
este mérito da questão.
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Oitenta anos mais tarde
caiu no esquecimento
BARTOLOMEU DE GUSMÃO
e todo seu conhecimento
e também atribuíram
para outros o seu invento.

Outros também reinventaram
o pára-quedas de DA VINCI
que foi usado primeiro
por JACQUES GUARNERINCE
que saltou de um balão
a Mil metros e vinte.

O francês HENRI GIFFARD
foi o primeiro a conseguir
adaptar em um balão
uma máquina e subir
sobre a cidade Paris
e lentamente dirigir.

Como eu já relatei antes
o desejo de voar
é exclusivo do homem
que não para de sonhar
começa então o desafio
do mais pesado que o ar.

É aí que a nossa história
toma agora um novo rumo
para encontrarmos DUMONT
que revolucionou o mundo
através de seu trabalho
e um dedicado estudo.

Ele que era leitor
de histórias de balão
e reconhecia os feitos
de BARTOLOMEU DE GUSMÃO
adorava JÚLIO VERNE
que escrevia ficção.
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Seu pai HENRIQUE DUMONT
era um grande engenheiro
aliou sua profissão
ao ramo de cafeeiro
mas um dia adoeceu
e partiu para estrangeiro.

Junto com DONA FRANCISCA
e o sexto filho ALBERTO
embarcaram pra Paris
em busca do remédio certo
pra curar-se da enfermidade
pois a morte rondava por perto.

Lá em Paris, ALBERTO
ficou muito encantado
aquela Capital francesa
respirava por todo lado
moda, ciência e arte
que lhe deixou interessado.

Como eu já relatei antes
o desejo de voar
é exclusivo do homem
que não para de sonhar
começa então o desafio
do mais pesado que o ar.

Aos dezenove anos
por seu pai é emancipado
e numa escola francesa
é então matriculado
mas a morte de seu pai
lhe deixa muito chocado.

após a noticia triste
ALBERTO então abraçou
as pesquisas Aeronáuticas
na qual ele tanto sonhou
e como um bom aprediz
num balão ele embarcou.
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depois de muito estudo
ALBERTO decidiu fazer
o seu próprio balão
para toda Paris ver
quando sofre um acidente
bem na hora de descer.

Além do número um
muitos outros construíram
mas foi com o número seis
que ele então conseguiu
conquistar o PRÊMIO DEUTSCH
que o mundo inteiro aplaudiu.

Saiu em todos os jornais
a façanha do brasileiro
e nome de SANTOS DUMONT
e de seu país brejeiro
a Europa se curvara
para este estrangeiro.

Aos trinta e três anos de vida
SANTOS DUMONT INVENTOU
o primeiro avião
que a vida revolucionou
graças ao seu grande invento
pequeno o mundo ficou.

A primeira aeronave
chamava-se 14 BIS
foi em mil novecentos e seis
na cidade de París
que o SER HUMANO realizou
o seu vôo mais feliz.

Quase tiram-lhe o mérito
da sua bela invenção
como fizeram outrora
com BARTOLOMEU DE GUSMÃO
mas o povo parisiense
registrou a ascensão.

Devemos sempre estudar
Incessantemente o passado
Onde o homem e seus feitos
Nunca serão olvidado
Nesta história da aviação
EU DIGO, MUITO OBRIGADO.
- 08 -

F I M

Fortaleza 23 de agosto de 2006

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