24/10/2019

DIA DAS CRIANÇAS NA ESCOLA INDÍGENA KANINDÉ

 
 



  
OUTUBRO DE 2019

MEU DIA DAS CRIANCAS TAMBEM FOI NA COMUNIDADE CAMINHAS, NA CIDADE DE ARACOIABA, CEARÁ


Levar cultura a esses jovens na sua formação escolar é muito gratificante para um poeta, cordelista e sonhador de que a educação seja um direito de todos.
  
  
 
 
 

23/10/2019

CORDEL DO POETA ABELARDO NOGUEIRA DEDICADO AO CHICO SOARES, QUE COMPLETOU 101 ANOS


CHICO SOARES 100 ANOS. UMA HISTÓRIA DE VIDA.
Poeta Abelardo Nogueira - Aracoiaba - Ce, setembro de 2018
Peço  licença aos leitores
Que gostam de apreciar
As coisas da sua terra
O povo do seu lugar
A nossa literatura
A cultura popular.


Qualquer um bom nordestino
Nascido nesse torrão
Pois, não desconhece a sina
Nem usa de ingratidão
Não apaga da memória
Nem tira do coração.


Não importa quantas linhas
A forma como se deu
O lugar do seu enredo
O tempo que aconteceu
Feliz de quem nesta vida
Sua historia escreveu.


Cada um em cumprimento
Do modo que lhe convém
Ao resgatar seu passado
Outra vez vive, porém
Ter historia pra contar
É bom. Pior quem não tem.


Portanto, em mais um versejo
No formato de cordel
Faço jus a esta causa
Num importante papel
Ao falar de um ser humano
Para o qual tiro o chapéu.


O Mestre Chico Soares
De Lagoa de São João
Que ousa do privilégio
De gozar desta benção:
Completa Cem primaveras
Nesta peregrinação.


Um século de existência
Só quem vive, pra contar
Sabe do peso da lida
Do que teve que enfrentar
Pra ser reto, bom e digno
Sem cair nem fraquejar.


Este Ser enciclopédico
De feitos conjunturais
Requer ao biografar
Registros especiais
Que nos remete ao período
Do regresso dos seus pais.


Sua mãe, Maria Alves
Mariá ou mariana
Sendo Catolé do Rocha
A terra da qual emana
Foi uma grande mulher
Uma grão paraibana.


Seu pai nasceu em Exu
A terra de Gonzagão
Porém, foi seu percussor
E daquela região
fugiu para o Ceará
por causa do Lampião.


José Soares não tinha
Instinto de cangaceiro
Não queria fazer parte
Daquele triste roteiro
Que apavorava o sertão
E o Nordeste brasileiro.


Foi vendido num comboio
Com mais dois veio amarrado
No distrito de Vazante
Pela sorte ironizado
Como se fosse objeto
Ali foi negociado.


Mil novecentos e treze
Eis o ano em que chegou.
Em quatorze, Mariá,
Logo também aportou
Com ela José Soares
Em dezesseis se casou.


Sete filhos conceberam
Conforme bem procedeu
Em Varjota se criaram
E Vazante os acolheu,
Deles, foi Chico Soares,
O primeiro que nasceu.


Oito anos se passaram
Naquele belo torrão.
Mas, em busca de melhoras
Embora, na região,
A família se mudou
Pra Lagoa de São João.


Foram eles pioneiros
Vindos de outro lugar
Abeirando a lagoa
Com terras pra trabalhar
Numa simples moradia
Vieram a se instalar.


Tudo cresceu sem demora
Tão logo a prole aumentou,
Seu Chico, jovem formoso,
Às donzelas, encantou,
Até a própria beleza
Por ele se apaixonou.


Um moço bem apanhado
Olhos azuis, cativante...
De virtudes valiosas
Cujo vigor, invejante
Em seu corpo emoldurado
Saltava-se ao semblante.


As mulheres cobiçavam
Convenhamos afirmar:
Um mancebo como ele
Nunca se viu no lugar,
Por isso todas queriam
Pois, com ele se casar.


Foi assim que ocorreu
Por espontânea vontade.
E, com Francisca das Chagas
Da própria localidade
Seu Chico, então se casou
Com vinte anos de idade.


Juntos se completavam
Naquela constelação.
Seu Chico e Dona Chagas
Lidavam na criação
Aos filhos nunca faltava
Amor e dedicação.


Escola não conheceu
Porém, vale ressaltar,
Em apenas sete dias
Aprendeu a soletrar
Portanto, em uma semana
Veio a se alfabetizar.


Esforçado no trabalho
A coragem lhe valia
De tudo um pouco plantava
Boa safra produzia
Várias espécies criava
Para sua serventia.


Plantava milho e arroz
Além de fava e feijão
Mandioca e macaxeira
E também o algodão
Pra consumo e para venda
Em outra repartição.


Criava boi e cavalo
Um jumento, uma burrinha
Bode, porco e ovelha
Peru, capote e galinha
Dava gosto só de ver
No terreiro da cozinha.


Desafiava o perigo
Tal gigante aventureiro
Era o mato a sua praia
O cavalo um companheiro
Pegando boi na caatinga
Na profissão de vaqueiro.


O seu feito de coragem
Por tempos representou
Sinal de força e bravura
Nas lutas que o consagrou
Como um herói do sertão
Que sua marca deixou.


Sócio na cooperativa
De Aracoiaba, e vendeu
Toda sua produção
Por muito tempo e perdeu
O pagamento ou dinheiro
Porém, nunca recebeu.


Vazante e Rua do fogo
Foi onde morou primeiro.
Encosta, Volta e Varjota
E seguindo seu roteiro
Em Pajuçara se deu
Pois, um fato corriqueiro.


Imaginem os leitores
Seu Chico pra variar,
Foi tangendo uma porca
Até aquele lugar
Chegando por lá, ficou
E se esqueceu de voltar.


Ficou cuidando da porca
Enquanto isso também
Morava de frente à linha
Perto da estação do trem
Somente para contar
O povo no vai e vem.


Em suas tantas proezas
A uma se fez menção:
Levantava com os dentes
Uma saca de feijão
Pesando sessenta quilos
Sem triscar sequer, a mão


Um típico sertanejo
A quem não falta esperteza
Usa sua inteligência
A qual dispõe com franqueza
Para entender os fenômenos
Presentes na natureza


Sabe  das experiências
Se chove ou não no roçado
Há quase sessenta anos
O que diz é comprovado
Virou Profeta da chuva
Conhecido em todo Estado.


Sua fama já cresceu
Ao longo do interior
O Secretário Piúba
Reconheceu seu valor
E agora virou amigo
Até do Governador.


Outrora mascava fumo
Era moda corriqueira
Comprava fumo de rolo
Na bodega ou na feira
Fazias os seus cigarros
Fumava a semana inteira.


Quando ia tirar leite
Já botava o avental
Acendia seu peduro
E fazia um fumaçal
Pra espantar os mosquitos
Que havia lá no curral.


Em tempos de noite fria
Esquentar-se era o mais certo.
Ao invés de fazer fogo
E se acocorar bem perto
Tomava uma zinebra
Pro mode ficar esperto.


Era contador, de fato
Interprete talentoso
Dava vida a muitas lendas
Causuísta fabuloso
Um fenômeno na arte
Das estórias de trancoso.


Boa prosa não faltava
Em qualquer situação
Sempre fora convidado
Pois, em toda região
Para animar as noitadas
Nas debulhas de feijão.


O primeiro filiado
Ao partido do PT
Aqui em Aracoiaba
E, para melhor dizer
Até hoje vota no Lula
Jamais veio a se vender.


Nunca elegeu um Prefeito
Por uma simples razão:
Não apoiava a direita
Nem se fosse um ricão
Embora perdesse o voto
Votava na oposição.


Aliás, um grande exemplo
Que nos honra, por sinal
Na conjuntura presente
No Brasil do lamaçab  l
Quantos Chicos precisamos
No Congresso Nacional.


Prestativo, entretanto,
Por de mais hospitaleiro
Quem chegar em sua casa
Sendo ou não interesseiro
Qualquer coisa ele oferece
Se duvidar, dá dinheiro.


Desta forma desconhece
A tal da economia
Prato cheio, mesa farta
Rede nova e água fria
E quem não acreditar
Vá lhe visitar um dia.


Seu Chico aprendeu no tempo
Que Senhora e Senhor
Era sinal de respeito
E um gesto promissor
A palavra tinha honra
E honra tinha valor.


Um cumpridor do destino
Da sorte não se furtava
Duas vezes se casou
Igualmente enviuvava
Hoje lembra com apreço
As coisa que partilhava.


A sua segunda esposa
Dona Luzia Pereira
Uma grande baluarte
Outra nobre companheira
Cedo partiu lhe deixando
Para sorte derradeira.


Seis filhos foram as dádivas
Do enlace venturoso
São parte de uma história
De um enredo valoroso
Premiado pelo OSCAR
Por ser o melhor ESPOSO.


Quantos prêmios ganharia
Pelo que empreendeu
Foram tantas provações
Os feitos que concorreu
As vitórias auferidas
Nas batalhas que venceu.


Em Cem anos de existência
Neste plano consequente
Palmilhou muitos caminhos
Não parou, seguiu em frente,
De tudo restou saber
Ser a vida o seu presente.


Nas linhas deste relato
No seu vasto paginar
É certo que ainda tem
Muita coisa a acrescentar
Talvez outros tantos livros
Para tudo registrar.


Contudo, embora singelo
Neste meu distinto plano
Muito me honra falar
Deste grande ser humano
Que hoje colhe as benesses,
Presente do Soberano.


Qual distinto cidadão
Que jamais, sem se cansar
Todos nós com muito amor
E gratidão singular
Viemos agradecer
E lhe parabenizar.


Ao Mestre Chico Soares
Nessa alegria contida
A Deus ainda pedimos
Caso seja merecida
Apenasmente uma graça:
Mais uns Cem anos de vida.

SR. CHICO SOARES, CEARENSE CHEGA AOS 101 ANOS DE IDADE


Sr. Chico Soares, para os amigos e família ainda é um garotão. Charmoso e dos olhos bem azuis e bem familiar, ainda  está cheio de vigor, de disposição.
Em 22 de setembro completou exatamente 101 Anos. Lúcido e contador de muitas histórias belíssimas.
Louvores ao Deus a sua vida e por sua saúde e também sua presença entre nós. Só desejamos felicidades e que Deus o abençoe sempre, mais e mais e muita gratidão por ser  um pai tão "pai d'égua" e amigo dos amigos e companheiro da família.


Em novembro teremos outro cearense completando 100 anos.  Sr. Hilário Favela de Macêdo, tio do nosso amigo cordelista Escrivão Joaquim Furtado, que reside no Hemisfério Norte, sem sair do Brasil assim diz Escrivão Joaquim Furtado.


Mestre chico Soares, 100 anos de existência.
Francisco Soares da Silva, o Chico Soares, agricultor, vaqueiro, profeta da chuva, contador de causos, amante do sertão, da cultura popular, da poesia matuta e da vida simples da roça, enfrentou secas, enchentes, epidemias e pestes, farturas e misérias, lutos e festas, doenças e saúde. Nascido em 22 de setembro de 1918, chega ao 100 anos, gozando saúde e feliz por estar rodeado de pessoas que o amam.
Nessas dez décadas de vida, passou por muitas dificuldades e enfrentou muitos desafios, sendo morador e trabalhando em terras dos outros, pelos sistemas de semiescravidão do “fornecimento”, “arrendamento”, “meia” ou “parceria”, de onde tirava o sustento dos filhos e garantia condições dos patrões luxarem e educarem os filhos na cidade grande, com todo o conforte e riqueza. Mesmo assim, era considerado uma pessoa de boa produção, pois produziu muito algodão, milho, arroz, feijão, mandioca e criava gado. Mas sua emancipação se deu com a aposentadoria e a comprar de um pedacinho de terra no final da década de 70, onde criou a segunda família e onde mora até hoje no Distrito de Lagoa de São João - Aracoiaba - Ce.
O filho mais velho do casal Mariá Alves e José Soares, retirantes das secas e perseguidos pelo cangaço, que teve uma prole de treze filhos, dos quais apenas dois estão vivos, ele e o caçula José Soares, enfrentou muitas dificuldades e desafios, tendo que começar a trabalhar na roça com apenas 8 anos de idade. Não teve oportunidade de ir à escola, mas aprendeu tudo sobre a lida na roça, inclusive a de vaqueiro e de observador dos elementos da natureza, que são indicativos de chuva ou de seca, recebendo por isto o título de Profeta da Chuva. Outra grande paixão de sua vida é um lindo roçado de mandioca, tanto amor que o leva a celebrar seus aniversários, com uma farinhada. Sua casa de farinha é por ele considerado o seu maior feito.
Casou-se duas vezes e as duas ficou viúvo. O primeiro matrimonio, com Francisca das Chagas Araujo Silva, lhe rendou sete filhos, quatro dos quais estão vivos (Maria, João, Fatima e José) e do segundo, com Luzia Uchoa Pereira, nasceram mais seis e três estão vivos (Silvanar, Itamar e Luciano). Tem 19 netos e 18  bisnetos.
Com alegria, celebramos os 100 de Chico Soares, rendendo Graças ao Deus, no qual sempre acreditou e esperou, como devoto de São Francisco, São João Batista e Nossa Senhora. Lamenta que um amigo do clero não esteja fisicamente presente a este momento celebrativo, como esteve nos 80 anos, nos 90 e em tantos outros momentos. Mas confia em Deus na sua ressureição e agradece ao mesmo, pelo apoio dado na caminhada de fé. Estamos falando de Padre José Maria Cavalcante Costa (Padre Zé Maria), por quem tinha grande admiração, respeito e amizade. Também lamenta que seus pais, irmãos, esposas, parentes e amigos de infância, tenham partido para o céu tão cedo e não celebre com ele este momento sublime de sua vida, mas acredita no reencontro definitivo lá no céu.
Em sua sabedoria, Seu Chico Soares imprime um jeito sério e honesto de ser nordestino, baseado no que observa da natureza e pela experiência de vida. Ele é do tipo que assegura que a honestidade é o maior valor de um homem. Sua sabedoria, consegue até mesmo algumas frases de efeito, como: “caixão não tem gavetas, mortalha não tem bolsos”, “pobre é quem só tem dinheiro”, “tudo tem ciência”, “homem que não tem palavra, não tem nada”.
Se fossemos relatar a história e a vida de Chico Soares, teríamos que fazer uma ampla pesquisa e dedicar muito tempo estudando e escrevendo, como talvez se tornasse cansativo para os leitores. Por isso, agradecemos ao Poeta Popular Abelardo Nogueira, um grande amigo da família, que transformou em versos, alguns pequenos retalhos desta saga de 100 anos de Chico Soares.
Silvanar Soares Pereira / Lagoa de São João - Aracoiaba - CE, setembro de 2018





DAS INÚMERAS POESIAS E POEMAS DO LUIS GONÇAGA NETO, DISPONIBILIZAMOS ALGUNS POEMAS

POEMA SERTÃO É MEU XODÓ  (Gonzaga Neto)


Prefiro sonhar com a paz
Do sertão que o sonho anda
Do que cidade estressante violência que comanda
Quero é sonhar e viver
No  campo com mas  prazer
Numa  rede na varanda
Quero é viver numa banda
Do sertão que é não é lenda
Sentir o aroma puro
Do jardim e minha prenda
Contemplando roça e serra
Longe  de terror guerra perto de  gado e fazenda
Quero é que o amor acenda chama viva sem maldade
Das paixões nos corações
Nas almas sem falsidade
Na alma do meu sertão
Distante da poluição
Que só traz enfermidade
Quero é a cara metade
Minha alma gêmea por meta 
Igual sertão e sertanejo
Coragem que não afeta
Com  fé na área campal
E natural não virtual
Pois natural me completa
**************************************************************


PARABÉNS A PETROLINA


Homenagem a Petrolina pela passagem do seu aniversário (Gonzaga Neto)

No planeta cumpre a parte
Com    suas veias irrigam
O seu  coração com arte
Do pulmão da irrigação
De seu corpo o coração
E sem  ele tem enfarte
Economia sem descarte
Vem por sua irrigação
Gerando muitos empregos
No coração do sertão
Através de manga e uva
Com sua artificial chuva
Prá rica fecundação
Petrolina é um pulmão
Que respira arte e cultura
Canal de televisão
Faculdades a altura
Com cada escola técnica
E também eletrotécnica
Ligado a  fruticultura
Personagens a altura
Dom malam e Nilo Coelho
Suas células irrigação
No solo branco ou vermelho
Cada projeto é um tesouro
E uva e manga é o seu ouro
Econômica como espelho
**************************************************************


Os vírus que são nocivos
Já corrompem as matérias
Do país por  bactérias
Que infectam os ativos
Sem os anticorpos vivos
A corrupção já toma
E do país causa glaucoma
Pela política indigna
A corrupção maligna
Deixa o Brasil em coma
Sei que o corpo da nação
Cada dia tá infecto
Por que falta intelecto
Prá saúde e educação
E sobra prá corrupção
Por que o sistema embroma
Sem  investir não retoma 
Emprego prá nação digna
A corrupção maligna
Deixa o Brasil em coma
Sem uma boa educação
Nem precisa  ressonância
Prá ver vírus da ganância
Causar morte e infeção
E infarte ao coração
E economia não se soma
Desemprego ninguém doma
Sem idéia  fidedigna
A corrupção maligna
Deixa o Brasil em coma
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Tecnologia avança
Que rouba dos seres calmas
Se introduzem microchips
Chega seres  batem  palmas
Catete e ponte safena
Marcapasso idéia plena
Só faltam tocar nas almas
Avanços merecem palmas
Sem terem idéias crônicas
Micro roubores   rastreiam 
E e imagens eletrônicas
Dão informações precisas
Das células nas pesquisas
Por uso das mãos biônicas
Robôs sem idéias crônicas
Avançam sem  ironias
Tecnologia e ciência
Acertam nas rodovias
Do futuro com seus planos
Entre robótica  e humanos
Roubos fazem cirurgias
A ciência sem fantasias
Avança sem ser o inverso
Implanta  e transplanta órgãos
Por que Deus quer no universo
Só não  clonam   digitais
Da alma e o robô capais
Não inspira e faz um verso 
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Poeta Gonzaga Neto, contato zap 87 9 8807 6800 para shows culturais com minha dupla

SAUDADES DA MINHA TIA SINHA

O TANTO QUE TE AMO


Amo teus olhos
porque eles me fitam com doçura
Amo teu sorriso
porque ele me encanta
Amo teu abraço
porque nele sinto calor e afago
Amo teu olhar
porque nele encontro ternura
Amo teu corpo
porque nele me aconchego
Amo teu carinho
porque ele me aquece e me abranda
Amo teu convívio
porque ele me transmite paz
e não me deixa ver a escuridão da noite
Amo tua ausência
porque nela está tua presença
refletida em silêncio
Amo tua saudade
porque ela invade meu íntimo e me aproxima de ti no encalço da vida
Amo tuas lembranças
porque elas se tornam mais vivas cada dia
embaladas nos sonhos e nos meus pensamentos
Amo tua vontade
porque ela reflete o desejo efervescente
na transparência do teu olhar
Amo a vida
porque ela incendeia de amor em profusão
meu coração fragmentado.
Amo finalmente tudo de ti presente em mim
e o que de mim ainda vive em ti !


Maria Cavalcante Queiroz

SAUDADES DA MINHA TIA SINHA

O POEMA E A DOR DENTRO DE MIM
Reflete-se em mim forte vibração,
que se esparge plena em meu coração,
transporta-me à lua e às estrelas,
fala-me de amor em busca do prazer
e me aproxima do meu bem querer!

Creio em milagre, confio na sorte,
sem grande receio penso na morte!...
Caminho quase sem tempo no futuro,
pronta para o vôo da libertação,
de bem com a poesia e a canção!

Neste trajeto me acompanha a luz,
que ilumina e guia a minha cruz
e ninguém vê esparramada na dor...
Imploro a Deus, em súplica bendita,
meu viver sereno, cheio de alegria.

Com a saudade que tanto cresce,
vivo o sonho que o poeta tece,
suave como despontar do amor.
Mas, no percurso que se faz na terra,
o riso e o pranto disputam guerra!

Sinto e ouço tua voz de perto
ecoar serena no meu deserto...
Na sobra do tempo que ainda me resta,
entrego-me toda a este amor sem fim
como o poema e a dor, dentro de mim.

Em algum recanto todo o meu implanto
um paraíso deliberado o quanto,
para fazer o sol brilhar novamente
aonde eu possa viver, banhada de amor,
aquecida no meu céu, sem temer a dor!


Maria Cavalcante Queiróz
(Saudades eterna!)

SAUDADES DA MINHA TIA SINHA


Uso o nome Maria Cavalcante Queiroz, minha Tia que tinha segundo nome  Sinhá,  alterou seu nome e passou a se chamar Maria Cavalcante Queiroz.
Muiher Guerreira, inteligente, muito politizada e deixou para eternizar em nós essas lindas poesias.



O TANTO QUE TE AMO

Maria Cavalcante de Queiroz
Amo teus olhos
porque eles me fitam com doçura
Amo teu sorriso
porque ele me encanta
Amo teu abraço
porque nele sinto calor e afago
Amo teu olhar
porque nele encontro ternura
Amo teu corpo
porque nele me aconchego
Amo teu carinho
porque ele me aquece e me abranda
Amo teu convívio
porque ele me transmite paz
e não me deixa ver a escuridão da noite
Amo tua ausência
porque nela está tua presença
refletida em silêncio
Amo tua saudade
porque ela invade meu íntimo
e me aproxima de ti no encalço da vida
Amo tuas lembranças
porque elas se tornam mais vivas cada dia
embaladas nos sonhos e nos meus pensamentos
Amo tua vontade
porque ela reflete o desejo efervescente
na transparência do teu olhar
Amo a vida
porque ela incendeia de amor em profusão
meu coração fragmentado.
Amo finalmente
tudo de ti presente em mim
e o que de mim ainda vive em ti !
 (Saudades da minha tia Sinha).

HOMENAGEM DO PROJETO ARCO-IRIS JAUÁ AO CORDELISTA PÁDUA DE QUEIROZ


Recebi pela primeira vez em minha vida, pelo meus trabalhos, essa linda homenagem das crianças do Projeto Arco-íris Jauá, localizado em Jauá, cidade de Lauro de Freitas, Bahia. Só tenho muita gratidão a essas crianças, todas tão cheias de esperança e de muita informação e cultura dedicada e coordenada pela Rosália Silva, coordenadadora do Projeto.
Quando dedicamos um minuto do nosso tempo a uma criança, o que recebemos em troca dura uma eternidade. Obrigado Projeto Arco-íris Jauá.  (Pádua de Queiróz)



PARA PÁDUA DE QUEIROZ

Nesse mundo nordestino
Surge um criador
Com seus poemas e versos
Do tamanho do Cristo Redentor

Pádua de Queiroz
Nordestino brasileiro
Com orgulho em seu peito
Homem de fé e guerreiro
Criou raça de campeão
Nos caminhos do Senhor
E a passagem de Lampião,
Rimas que dão muita emoção
O cabra Pádua de Queiroz
Conseguiu nos alegrar
Escrevendo para Beto e D. Rosa
Sobre o projeto arco-íris - Jauá



Das crianças do Projeto Arco-íris - Jauá, para o grande poeta Pádua de Queiroz foi dedicado esse cordel! 

PESQUISADORES NORDESTINOS CRIAM EM RECIFE O GRUPO DE ESTUDOS DE CANGAÇO DE PERNMABUCO

Excelente noticia voltada para o cangaço de Pernambuco e que irá propiciar maior conhecimento da história nordestina.

SAUDADES DA MINHA TIA SINHA

M Ã E


Símbolo universal,
mulher admirável,
criatura sublime,
feita para o amor,
sábia, prudente,
quase divina e valente,
sobrepuja os obstáculos
de sua pirâmide familiar,
fulgurante doutrina,
conselhos saudáveis,
com amor e ternura,
ministra cuidados
e ama arrojado seu filho,
pequeno ou grande,
rico ou pobre,
sem tempo, nem hora,
sem qualquer limite.
Mãe é cheia de graça,
de paciência dobrada,
igual em sua inefável grandeza;
na pureza escondida,
exprime no olhar reluzente
a sublimidade da maternidade.
Em sua augusta missão
infunde visível benevolência,
dentro de si a bondade cultiva,
os sentimentos aos turbilhões se elevam,
o coração imaculado e santo,
tão extenso quanto o mundo
é absorvido pelo amor supremo.
No pensamento ávido,
os anseios maternos no tempo conduz,
cheios de glória e de luz,
se alçam invencíveis sobre os opróbrios
no batel inclemente da vida.
Mãe é sempre, não morre jamais,
sua imagem vive eternamente
no mistério profundo de Deus...
os céus estão repletos
de seus coroados encantos;
e, de onde a Eternidade está,
a tão longa distância
ama e vela seu filho,
porque mesmo até
na sua velhice cansado,
ela o vê tão pequenino
como se pequenino fosse!...
 
Homenageando sua doce mãe, que no céu certamente estará de estrelas rutilantes, cercada.
 Maria Cavalcante de Queiroz
 (Tia Sinha, lembranças eterna)

TENHO LEVADO A LITERATURA DE CORDEL E A EDUCAÇÃO AOS QUATRO CANTO DO MEU CEARÁ





 
Como compositor, poeta e cordelista é mais que minha obrigação, é dever levar a cultura do  nosso povo nordestino que habita nosso país para conhecimento da nossa população adulta e infantil, sem distinção de idade.  
Meu amor a poesia, a musica (as minhas composições) e ao cordel será eterno!
 
 
 
 
 
 

  

ABELARDO NOGUEIRA, UM BRASILEIRO DE ARACOIABA, CEARÁ, SE DESTACOU E FOI PREMIADO EM EVENTO CULTURAL NA ITALIA


No dia 18 de outubro, numa sexta-feira, nosso amigo e conterrâneo, Abelardo Nogueira foi homenageado na Itália com um troféu literário.
Pelo reconhecimento do seu trabalho poético e literário, a premiação aconteceu na cidade de Brescia, na Itália.
Só temos que parabeniza-lo pelo premio bem merecido e levar nosso nordeste aos quatro canto do mundo.
"PREMIO CONNESSIONE ITALIA BRASILE-WEBMUSIC ITALIAN FEST" https://portalconexao.alboompro.com/post/36727-programma-evento-di-premiazione

Recomendo a leitura do poema do poeta Abelardo, que circulou na Europa na semana do evento. Um poema que trata do vocabulário brasileiro, de modo respeitoso e especial e do jeito do norte e do nordeste se expressar.  

Abelardo Nogueira também tem vários outros trabalhos enriquecedores que transpõem fronteiras continentais e as ondas atlânticas, para nosso deleite e também dos italianos.
Verseja Capistrano de Abreu sobre o imortal Maranguapense, dentre outros.

Leiam e compartilhem: