10/05/2009

A DIFÍCIL TRAJETÓRIA DE UM CORDELISTA,COMPOSITOR, DESENHISTA E POETA

Antônio de Pádua Borges de Queiróz, começou a escrever em 1986, sob influência de seu professor de Educação Artística, o poeta proletário ITON LOPES, já que ele havia reconhecido que a poesia fazia parte da vida de Antônio Pádua. Corria nas suas veias o sangue de poeta.
Em 1991, muda-se para a Amazônia brasileira, para incorporar no Corpo de Fuzileiros Navais, onde permaneceu até 1996.
Em 1995, participou da 12a Feira internacional de livro (XII Feria internacional del libro) entre 27 de julho a 13 de agosto, na provinci de Maynas, no Peru, quando recebeu menção honrosa por seu livro voltado a apresentação da Amazônia - "Recordando". Além deste cordel tem vários outros publicados pela Editora Amanhecer.
Retornando a sua cidade natal Baturité, localizada no estado do Ceará, volta a dedicar-se à música nordestina e à literatura de cordel.
Publicou pela Editora Qualigraf, o classico "QUEM ACENDEU LAMPIÃO", um estudo sócio-político do nordeste brasileiro, na época "CANGACERÍSTICA", tornando-se o mais polêmico poeta popular contemporâneo, deixando no ar a dúvida de um herói morto inesquecido entre um covarde escondido.
Com apoio de seu irmão de coração Stellson Dionne, pela Midia Editora publica a Coletânea de Poesias "Eternamente", um misto de poesias românticas e sociais.
Continua escrevendo seu trabalho "Minha dor", que resgata a memoria das vitimas do holocausto, durante 2a. Guerra Mundial.
Pádua está finalizando um outro Cordel, em memória ao seu tio José Bandeira, falecido em 2007, que na sua vida foi um grande herói.
Outro trabalho notável é "O 15 e outras conquistas", escrito em homenagem a uma grande escritora brasileira, Raquel de Queiróz.
O que torna o poeta de coração vivo, é o reconhecimento, o prestígio e a divulgaçao de nossos trabalhos, o que ocorreu recentemente com a publicação do clássifco "Quem Acendeu Lampião", na Câmara Brasileira de Jovens Escritores e "O 15 e outras conquistas", publicado pela Celi Poesias.
Por nascer com a sensibilidade da arte escorrendo em suas veias, se tornou um eterno amante da poesia, do cordel e da arte como um todo.
Sonhador. Com um desejo enorme de chegar ao topo do mundo, levando seus escritos para os apaixonados e amantes da poesia e do cordel.
Em abril de 2009, participou de um trabalho literário no Colegio Marista, de Fortaleza, que após sua apresentação, nasceu o trabalho maravilhoso que se segue, escrito pelo então poeta e cordelista Pádua de Queiróz.
A HISTÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL

O poeta cordelista
Com muita satisfação,
Se apresenta no colégio
Marista Sagrado Coração,
Para falar do cordel
Por que esse é seu papel
De magnífica missão.

A didática é o objetivo
Maior dessa literatura,
Que aborda vários temas
De diferentes culturas,
Nas ruas e universidades
O cordel tem prioridade
Até na magistratura.

Eu posso até comparar
Este trabalho singelo,
Com a obra de Shakespeare
Que um dia escreveu “Otelo”,
O cordel é importante
Tal qual livro de Cervantes
Nossos folhetos são belos.

Pádua de Queiróz vem escrevendo muitos poemas, poesias e cordel que sempre estarão sendo publicada aqui neste blog.
Hoje desempregado há mais de 6 meses, sua maior dedicação tem sido aos seus trabalhos, que vem sendo o que alimenta sua alma.
Além das poesias, poemas, córdeis e composições, Antonio de Pádua cria e desenha, resultando nos trabalhos aqui divulgados.
NÃO DIGA NADA
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz

No entanto não precisa dizer nada
Após ouvir o que eu tenho pra falar,
Mas eu preciso te contar esse segredo
Que somente a ti me interessa revelar.

Entretanto não me diga uma palavra
Depois de ouvir o que eu vou lhe dizer,
A solidão já não mais me apavora
Porque eu estou apaixonado por você.

Portanto não me deixe sem resposta
Não me censure por querer-te tanto assim.
Só me abrace, ou então dê-me um sorriso
Hoje eu quero ter você perto de mim.

No entanto, entretanto e portanto
Viver a vida é viver um grande amor.
Me ame agora mesmo que por um instante
E não diga nada, eu te peço por favor.

27.Abril.2000
ME DIGA COMO É QUE EU FAÇO
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz





Me diga como é que eu faço
Pra esquecer teu olhar?
Pra não querer teus abraços?
Pra viver sem te amar/
O amor é engraçado
Antes desinteressado
Vi você por mim passar.

Tão criança, tão menina
Sorrindo sempre a brincar
Todavia o tempo ensina
Que não se deve enganar,
Um coração de poeta
Que a outro se completa
Numa noite de luar.

Hoje eu estou sozinho
Só escrevo e sei rimar
Se eu fosse um passarinho
Não podia mais voar.
Me diga como é que faço
Pra não querer teus abraços,
Pra viver sem te amar?

03.Março.2001
A NOITE EM QUE VOCE FOI QUASE MINHA
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz



Na noite em que você foi quase minha
Eu não acreditei que era verdade,
Mas quando eu senti o teu calor me aquecer
Meu sonho enfim virou realidade.

Teu cheiro tinha o cheiro do desejo
Teu corpo um convite ao prazer,
Teus olhos me diziam tantas coisas
E sem falar eu esperava tudo acontecer.

O tempo parecia estar parado
O mundo tão deserto até ficou,
Na noite em que você foi quase minha
Me disse adeus e nunca mais voltou.

Agora estou pensando em você
Será que você está pensando em mim?
Será que se esqueceu daquela noite,meu amor
Que parecia não chegar ao fim?


07 de março de 2002
QUARTO ESCURO
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz


Estou só e não posso viver um grande amor
E neste quarto escuro abraçando a minha dor,
Espero ver você chegar dizendo para mim:
Eu quero ter você perto de mim!

A primeira vez que eu te vi ,meu pobre coração
Pulsava em meu peito sem saber a razão,
Teu jeito de falar e ser me fez compreender
Que eu não seria nada sem você.

E te observando parado eu fiquei
E sem saber seu nome eu me apaixonei.
Vi você se afastar e me deixando assim
Pensando em ter você perto de mim.

Não sei mas eu pressinto que você já me amou
Talvez em outra vida que a gente já passou,
Eu vivo nessa solidão, eu sinto essa dor
Tentando te encontrar meu grande amor.

Estou só e não quero amar a mais ninguém
E nessa noite triste eu só penso em meu bem.
Depois de muito tempo meu pobre coração
Me disse que você era a razão.

17 de novembro de 2003
MEU BEIJA-FLOR
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz

O coração tem dois lados
Um reclama outro consola,
É assim a realidade
Um sorrir o outro chora,
A vida passa com o tempo
A menina é senhora,
Senhora não sei de quem
Meu beija-flor foi embora.

Ainda tenho a poesia
E o Sol pra me aquecer,
Uma lágrima pra chorar,
Um amor pra esquecer,
Tenho a noite escura e fria
Para então me esconder
Porque eu sei não adianta
Dar amor sem receber.

06.Maio.2006

direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz
EU TE SINTO TÃO PRESENTE
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz

Eu te sinto tão presente
Que essa dor que você sente
Vive a me atormentar.
E essa lágrima teimosa
Que desliza preguiçosa
O meu rosto vem molhar.

Eu te sinto tão presente
Que teu corpo mesmo ausente
Faz meu coração pulsar.
Nesta noite silenciosa
Na lua cheia e formosa
Vejo a luz de teu olhar.

Eu te sinto tão presente
Que minha alma tão carente
Sai de mim a procurar.
Você triste e dengosa
Que distante já não goza
De meu amor para amar.

30.Outubro.2005
ETERNAMENTE
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz


Se a vida fosse uma eternidade
Eu te amaria eternamente,
Pra não ver o Sol se por
Assim tão de repente,
E nem tampouco pensaria
Apagar da minha mente,
Teu sorriso, teu olhar
Mesmo que indiferente,
Me sorrir de outro modo
E não olha simplesmente,
Para mim que só deseja
Abraçar teu corpo quente,
E viver uma eternidade
Pra te amar eternamente.

03.Fevereiro.2004
O AMOR ANTIGO
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz


O amor antigo
Quanto mais antigo mais forte é,
Se o tempo lhe oculta na distancia
E lhe revela no futuro
O amor antigo se renova como a fé.

O amor antigo
Sem passado não existe
E no presente é inseguro,
Porque o tempo não garante
Se será alegre ou triste.

O amor antigo
É Divino e verdadeiro,
Quando o tempo lhe preserva a lembrança
Dos momentos mais felizes
Do antigo amor primeiro.

O amor antigo
Divino, verdadeiro e forte,
Nem a distancia separa
Nem a lembrança se esvai
Durante a vida ou Além-morte.

29.Maio.2007