29/07/2016

DENGUE - O MOSQUITO DO VIZINHO - PÁDUA DE QUEIRÓZ


O MOSQUITO DO VIZINHO
POETA PÁDUA DE QUEIRÓZ

O país trava uma guerra
Contra um cruel inimigo
Invisível a ignorância
Por isso conto contigo
Só combate essa ameaça
Enfim negando-lhe abrigo.

Ouça bem o que eu lhe digo
O Brasil está em alerta
Não adianta o sujeito
Ser uma pessoa esperta
Limpando bem seu quintal
E caixa d’agua coberta.

Uma coisa amigo é certa
Na cidade e no sertão
O tal mosquito da dengue
Não tem dó e nem perdão
E tá mostrando ao povo
A tal democratização.

Meu vizinho faz questão
E não atende ao apelo
Das campanhas contra a dengue
Que hoje é um pesadelo
Barra o fiscal de saúde
Pra não mostrar o desmantelo.

Da sua falta de zelo
No fundo do seu quintal
Se importar com o vizinho
Que sofrerá todo mal
Esquecendo até que ele
Pode parar no hospital.

E isso não é legal
Deus meu livre credo-em-cruz
Por causa do meu vizinho
Parar na fila do SUS
Não se mata esse mosquito
Com veneno e arcabuz.

Um amigo da FIOCRUZ
Com muita convicção
Me disse: “amigo poeta
O combate é a prevenção!
Evite locais apropriados
Para sua proliferação.

Para ele é uma mansão
Caixa d’água destampada
Pneu velho e garrafa
No quintal abandonada
Todo tipo de objeto
Que retém agua parada.”

E numa conversa animada
Ainda sobre o mosquito
Me falou que que ele veio
Lá das bandas do Egito
É por isso que ele tem
Esse nomezinho esquisito.

Eu até acho bonito
As cores que ele tem
Parece meu Botafogo
Time que eu quero bem
Seu corpo todo listrado
Mas não dispensa ninguém.




O Aedes Aegypti também
Tem como particularidade
A virtude de transmitir
Quatro variedades
De dengue e outras doenças
Não é balela, é verdade.

E tanta enfermidade
Que não devemos esquecer
A Chikungunya e a Zika
Por isso vou descrever
Como é fácil um sujeito
Desavisado morrer.

Só precisa conviver
Com esse inseto afamado
E em casa ou no trabalho
Pela fêmea ser picado
As vezes tem o sintoma
Vou dizer bem explicado.

Mas está infectado
É a infecção inaparente
E vive despreocupado
Acha que não tá doente
E em cada dez pessoas
Picadas uma é aparente.

A dengue clássica, minha gente
É a mais leve da doença
De uma hora para outra
Já se sente a presença
De manchas vermelhas na pele
dores sem diferença.




Com certeza é uma sentença
Para o paciente cumprir
Dores nos músculos, nos ossos
Deus me livre de sentir
Dores em todo corpo
Cansaço, vômitos a seguir.

Se outra doença existir
Pensa logo o paciente
Igual essa tal dengue clássica
Eu quero ficar doente.
Porem isso não é nada
Igual a que vem a frente.

Por que essa é diferente
E não é palavra mágica
Mas faz o homem entender
Que a dengue é muito trágica
Se ele sobreviver
A tal dengue hemorrágica.

Não abuso da verborrágica
Para dizer que a parada
É mesmo parada dura
Pra pessoa contaminada
O sangue se coagula
Parece o fim da picada.

No inicio é assemelhada
Com a dengue clássica então
Os sintomas são os mesmos
Depois a complicação
Sangramentos internos
Nasais, pele e visão.




E cai até a pressão
Do infeliz paciente
Que tem que ser internado
Bem depressa, urgentemente
Esse caso leva a morte
Se não tratar corretamente.

Essa ameaça presente
Eu digo ao caro leitor
É a dengue que o mosquito
Do vizinho transgressor
Não se importa em combater
E a vida não dar valor.

Lá no Bairro do amor
Na rua quero viver
Ontem teve um movimento
E o povo chegou pra ver
Limparam todo local
Tá bonito pra valer.

Só espero que meu vizinho
Limpe também seu quintal
Para extinguir de vez
Esse mosquito infernal
Que tem nome e alcunha
Depois falo da chikungunya
Em um cordel especial.

Pádua de Queiróz
Baturité – Ceará
29/07/2016

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