XEREM, O PAI DO FORRÓ
Quem é o pai do forró
Que o povo vive dançando?
Esta é a questão do momento
É o papo que está rolando
Suei muito minha camisa
Mas findei minha pesquisa
Eu vou lhe mostrar rimando.
O forró não é um ritmo
Nem um gênero musical
E sim um termo derivado
Do inglês para o regional
Quando o povo ia dançar
Na capital potiguar
O forró ou o “for all”.
Se
bem que o meu inglês
É
para espantar maluco
Não
sou dono da verdade
I
am not “caduco”
O
forró nasceu em natal
Mais
o dia nacional
Se
comemora em Pernambuco.
Festa
que era promovida
Pela
tropa americana
Durante
a segunda guerra
Mundial
da raça humana
E
os artistas da região
Tocavam
com animação
Todo
final de semana.
Esta
é a história contada
Por
um amigo entendido
Pesquisador
do forró
E
que é muito conhecido
Só
não consigo entender
Porque
ele foi esquecer
De
um fato ocorrido.
Pois no ano trinta e sete
Antes da segunda guerra
Um registro fonográfico
Por um artista da serra
Foi feito naquele ano
Desse fato eu não me engano
E o cabra era da minha terra.
Pedro de Alcântara Filho
Era o nome do cantor
Nascido em Baturité
Minha terra, meu amor
Seu nome artístico Xerém
Brilhou no cinema também
Foi músico e compositor.
Embora Xerém não fosse
De TOP ou primeira linha
Ele foi e sempre será
Orgulho da minha terrinha
Mas pergunto aos brasileiros
Quem foi que nasceu primeiro
Foi o ovo ou a galinha?
Já
batizaram o forró
E
deram-lhe a paternidade
Ao
grande Luiz Gonzaga
Que
até hoje sinto saudade
O
seu baião era bonito
Mas
o “Forró de Mané Vito”
Só
foi gravado mais tarde.
Primeiro
o “forró na Roça”
Por
Xerém foi gravado
E
o “Forró do Mané Vito”
Só
doze anos passados
O
grande “Ri do Baião”
Foi
fazer a gravação
Confesso
não estou errado.
Em
afirmar que Xerém
Com
certeza é o pai
Do
forró que o povo dança
Num
gostoso vem e vai
Xote,
baião e xaxado,
Coco,
calango arretado
Um
dançador bom não cai.
PÁDUA DE QUEIRÓZ
Nenhum comentário:
Postar um comentário