04/03/2012
21/01/2012
ANTONIO RIBEIRO
LUIZ GOZAGA E SAUDADE
Autor: Pádua de Queiróz
Me diga Antonio Ribeiro
Se eu tenho ou não razão
Nem daquí a dez mil anos
Haverá um Gonzagão
Pois o Lua Verdadeiro
Foi cantar noutro terreiro
O jumento é nosso irmão.
Foi falar dos passarinhos
Para o Pai Celestial
Fogo-pagô, Assum Preto
Sabiá do laranjal
Asa Branca que ainda canta
No periodo matinal.
E também contar histórias
Das noites de São João
Do forró do Mané Vito
Tão famoso no sertão
E de como escapou
No forró do Zé Antão.
Agora mesmo Antonio
São três horas da manhã
Estou ouvindo o canto
Da algourenta Acauã
Mas chorando de saudade
Daquele que eu sou fã.
Pois está tudo sem graça
Não tem forró, nem baião
E ainda sou obrigado
A ouvir esculhambação
Dessas bandas de forró
No rádio e na televisão.
A gente do meu sertão
Hoje vive acabrunhada
O tempo acaba com tudo
E não presta conta de nada
Por que foi que ele levou
Quem animava a negrada?
A sanfona está de luto
A mais de trinta e três anos
E a música nordestina
Agora é um amargo engano
E o cantor de forró
É fulano ou beltrano.
Se é que eu posso chamar
Esse ritmo de Forró
Dançarinas seminuas
Mostrando o fiofó
E o cantor se esguelando
Cantando sem ter gogó.
Eu não saio mais de casa
A noite pra me divertir
Ligo minha radiola
E boto um disco pra ouvir
As canções de seu Luiz
Sinto uma lágrima cair.
No meu rosto envergonhado
Pelo povo sem memória
Que desconhece o artista
E não preserva a história
Daquele Veinho Macho
Que nos deu honra e glória.
Em Dezembro vou a Exú
Comemorar o aniversário
Do filho de dona Santana
E do senhor Januário
Pois vai ter festa por lá
No primeiro centenário.
Eu vou fazer um linforme
Quem sabe eu fique bonito
E se me deixar cantar
Eu canto aquele bendito
Pro meu Jesus sertanejo
Proteger lá no infinito.
O nosso Rei do Baião
Que hoje mora no Céu
Mas andou por essas terras
De alpercata e chapéu
Abraçando sua safona
Ao nordeste foi fiel.
Autor: Pádua de Queiróz
Me diga Antonio Ribeiro
Se eu tenho ou não razão
Nem daquí a dez mil anos
Haverá um Gonzagão
Pois o Lua Verdadeiro
Foi cantar noutro terreiro
O jumento é nosso irmão.
Foi falar dos passarinhos
Para o Pai Celestial
Fogo-pagô, Assum Preto
Sabiá do laranjal
Asa Branca que ainda canta
No periodo matinal.
E também contar histórias
Das noites de São João
Do forró do Mané Vito
Tão famoso no sertão
E de como escapou
No forró do Zé Antão.
Agora mesmo Antonio
São três horas da manhã
Estou ouvindo o canto
Da algourenta Acauã
Mas chorando de saudade
Daquele que eu sou fã.
Pois está tudo sem graça
Não tem forró, nem baião
E ainda sou obrigado
A ouvir esculhambação
Dessas bandas de forró
No rádio e na televisão.
A gente do meu sertão
Hoje vive acabrunhada
O tempo acaba com tudo
E não presta conta de nada
Por que foi que ele levou
Quem animava a negrada?
A sanfona está de luto
A mais de trinta e três anos
E a música nordestina
Agora é um amargo engano
E o cantor de forró
É fulano ou beltrano.
Se é que eu posso chamar
Esse ritmo de Forró
Dançarinas seminuas
Mostrando o fiofó
E o cantor se esguelando
Cantando sem ter gogó.
Eu não saio mais de casa
A noite pra me divertir
Ligo minha radiola
E boto um disco pra ouvir
As canções de seu Luiz
Sinto uma lágrima cair.
No meu rosto envergonhado
Pelo povo sem memória
Que desconhece o artista
E não preserva a história
Daquele Veinho Macho
Que nos deu honra e glória.
Em Dezembro vou a Exú
Comemorar o aniversário
Do filho de dona Santana
E do senhor Januário
Pois vai ter festa por lá
No primeiro centenário.
Eu vou fazer um linforme
Quem sabe eu fique bonito
E se me deixar cantar
Eu canto aquele bendito
Pro meu Jesus sertanejo
Proteger lá no infinito.
O nosso Rei do Baião
Que hoje mora no Céu
Mas andou por essas terras
De alpercata e chapéu
Abraçando sua safona
Ao nordeste foi fiel.
14/12/2011
ANA MARIA DO NASCIMENTO
HONORATO E FRANCISQUINHA - LIÇÃO DE AMOR E VIDA
AUTOR: PÁDUA DE QUEIRÓZ
baseado no livro de Ana Maria do Nascimento: "MISCELANEA DE SAUDADE"
Eu peço ao Deus poderoso
Que fez meu belo sertão
Iluminar minha mente
Com a luz da inspiração
Para que eu possa rimar
E fielmente contar
Uma história de união.
Como fez Ana Maria
Nascimento, ao recordar
A história de seus pais
Com orgulho soube ilustrar
MISCELÂNEA DE SAUDADE
Para mim é na verdade
Um exemplo pra se levar.
Hoje eu uma sinto saudade
Agradavelmente sem dor
Mas quem sentiu a partida
De quem lhe deu sempre amor
Com o peito dilacerado
Já bastante castigado
Contra mim vai se opor.
Mas antes eu aconselho
Essa bela história ler
Pois a saudade é agradável
E vou mostrar pra você
Basta lembrar bons momentos
Quando a dor e o sofrimento
Jamais pôde nos vencer.
Ao lado de um grande homem
Há sempre uma grande mulher
Um casal sempre unidos
Não temem o mal que vier
O amor suplanta a morte
Muito embora que a má sorte
Tente levar o que puder.
No ano de trinta e seis
Honorato desposou
Sua bela Francisquinha
Que feliz o aceitou
Para viver a seu lado
E o casal apaixonado
Só o tempo separou.
E deste abençoado casal
Oito filhos vieram ao mundo
Regalos do Eterno Pai
Gerados do amor profundo
Mas dos filhos que nasceram
Só três permaneceram
Desfrutando a cada segundo.
A figura protetora
Com o seu olhar paterno
O carinho e a atenção
E os cuidados materno
De Francisquinha e Honorato
Que com zêlo e muito trato
Respeitavam o Pai Eterno.
Lá na sua ARACOIABA
Onde cantam os passarinhos
O doce lar deste casal
Era uma espécie de ninho
Feito de amor e paz
Honorato foi capaz
De cuidar com seu carinho.
Por cinquenta e oito anos
Francisquinha e Honorato
Provaram a Deus e a todos
Que mereceram de fato
Dividirem o mesmo teto
Com carinho e com aféto
Porque fizeram um pacto.
Com o amor e a verdade
Com Deus e o seu lugar
A vida deste casal
Alguém sempre há de lembrar
Seus gestos de caridade
De respeito e humildade
Conjugando o verbo amar.
Está escrito na Bíblia
Quem doa deve esquecer
E assim esse casal
Durante o seu viver
Doou mais do que a vida
A sua gente sofrida
Sem esperar receber.
Algo em troca por seus atos
A não ser a satisfação
De ver a alegria estampada
No rosto de cada irmão
E adotaram com alegria
Pra viverem com harmonia
Sete filhos de coração.
Que me perdoem os grandes
Mas ser pequeno é essencial
Que valor teria a vida
Deste ilustríssimo casal
Se desprezassem a pobreza
Pra bajularem a nobreza
Qual seria sua moral?
Qual lição daria aos filhos
Naquela terra sofrida
Onde o rico e o pobre
Em suas opostas vidas
Tinham o mesmo valor
Diante Nosso Senhor
E a Virgem Mãe querida?
Seu Honorato sabia
Reconhecer a fraqueza
Daqueles que eram reféns
De sua própria natureza
Estendendo sempre a mão
Praticando o perdão
Sem astúcia ou sutileza.
Certo dia um empregado
Foi pego em contravenção
Roubando de suas reservas
Uma lata de feijão
E perdoou o empregado
Nos deixando como legado
Essa magnifica lição.
Porque viu no empregado
Necessidade e carência
E essa bela atitude
De exímia sapiência
Salvou o pobre ladrão
Da rotina dessa ação
Que corrompe a existência.
No ano de cinquenta e oito
Não choveu no meu sertão
E somente na mesa de poucos
Tinha um pedaço de pão
E com essa pobre gente
Seu Honorato sorridente
Dividia a refeição.
E muitos que apareciam
Vindos de todo lugar
Fugindo daquela sêca
Que só sabia matar
Na casa de seu Honorato
Sempre sobrava um prato
Para um pobre alimentar.
Seu destacado trabalho
Em sua luta diária
Sempre com muito afinco
Na lavoura e pecuária
Com a força que Deus lhe deu
Foi doutor que aprendeu
Um cultura extraordinária.
Não existe faculdade
No mundo civilizado
Que faça um caboclo da roça
Ser tão bem ajuizado
Foi o campo e a enxada
Em sua terra abençoada
Que lhe deu seu doutorado.
Francisquinha tinha estudo
E por isso compreendia
Que educar os seus filhos
Era a parte que lhe cabia
Enquanto o trabalho pesado
Da lavoura e do gado
Com disposição e alegria.
Seu Honorato fazia
Trazendo o pão para mesa
Seus filhos iam crescendo
Conhecendo a natureza
De seus pais que tanto amavam
E com todos se importavam
Para não verem a tristeza.
Entrar naquela morada
Feita com muito amor
Respeito e sinceridade
De um pai bom e protetor
E uma mãe carinhosa
Dedicada e bondosa
Fiéis a Nosso Senhor.
Esta é minha homenagem
Póstuma a este casal
Que dedicou para todos
Um grande amor fraternal
E hoje descansa em paz
No reino celestial.
PÁDUA DE QUEIRÓZ
BATURITÉ 14/12/2010
17/11/2011
BANDEIRA DE ALENCAR - A BANDEIRA DO BREGA
ESTE É MEU PRIMO E PARCEIRO DE TANTAS COMPOSIÇÕES,QUE DEUS ABENÇOE ESTE POETA NASCIDO NA CIDADE DE CEDRO/E QUE HÁ TANTOS ANOS VEM FAZENDO SUCESSO EM FORTALEZA COM O SEU TRABALHO JÁ RECONHECIDO.SEMPRE QUANDO EU ME ENCONTRO COM O MEU PRIMO JOAQUIM BANDEIRA DE ALENCAR EU DESFRUTO DE MOMENTOS AGRADÁVEIS, OUVINDO SUA VOZ SUAVE E SEMPRE ALEGRE, EMBORA SOFRIDO COMO TODO VERDADEIRO ARTISTA. VALEU, BANDEIRÃO!!! TELEFONE PARA SHOWS 085.88501069.
14/11/2011
EDUARTES
ARTESANATO DE BATURITÉ
ARMAZÉM DA ESTRADA DE FERRO
BAIRRO DO PUTIÚ
Se você mora na Selva
a beira mar ou no sertão
ou mora na capital
não perca tempo irmão
vá conhecer minha terra
tem cachoeira na serra
tem lazer e distração.
mas antes vá lá no bairro
Putiú, onde eu nasci
tem o melhor artesanato
desses por ai não vi
o velho seu Eduartes
vai fazendo a sua parte
e sorrir como eu sorri.
Feliz por nascer na terra
cercada de bananeira
que é a matéria prima
que ele cria a sua maneira
pássaro, trem e igreja
vá lá amigo e veja
sua arte verdadeira.
Saia da monotonia
que a cidade grande tem
venha a conhecer terra
que eu amo e quero bem
conheça o artesanato
desse homem que de fato
é um poeta também.
conheça o artesanato
desse homem que de fato
é um poeta também.
ARTESANATO DE BATURITÉ
ARMAZÉM DA ESTRADA DE FERRO
BAIRRO DO PUTIÚ
Se você mora na Selva
a beira mar ou no sertão
ou mora na capital
não perca tempo irmão
vá conhecer minha terra
tem cachoeira na serra
tem lazer e distração.
mas antes vá lá no bairro
Putiú, onde eu nasci
tem o melhor artesanato
desses por ai não vi
o velho seu Eduartes
vai fazendo a sua parte
e sorrir como eu sorri.
Feliz por nascer na terra
cercada de bananeira
que é a matéria prima
que ele cria a sua maneira
pássaro, trem e igreja
vá lá amigo e veja
sua arte verdadeira.
Saia da monotonia
que a cidade grande tem
venha a conhecer terra
que eu amo e quero bem
conheça o artesanato
desse homem que de fato
é um poeta também.
conheça o artesanato
desse homem que de fato
é um poeta também.
24/10/2011
MUSEU DO GONZAGÃO - PARQUE ASA BRANCA
Visitei,juntamente com minha mãe,FRANCISCA BANDEIRA DE QUEIROZ, o Parque Asa Branca.
onde recitei por várias vezes o poema A LEMBRANÇA DE UM APELO, homenagem póstuma ao maior de todos os nordestinos,doei ao Museu a esferogravura LUIZ GONZAGA, me sinto honrado em fazer agora,parte dessa homenagem prestada ao nosso saudoso LUIZ.SAUDADE NÃO É DIREITO
SAIA DE PERTO DE MIM
VOCÊ MALTRATA MEU PEITO
QUERENDO VER O MEU FIM
Pádua de Queiróz( o poeta de Baturité,filho da D.Quinca)
08/08/2011
PADRE CÍCERO - O SANTO DO JUAZEIRO
Os bandidos mais temidos choravam a seus pés,
homens de bons costumes,
os famintos,
os perseguidos,
viam a possibilidade de sobrevivência ao lado daquele santo homem,
muitas vezes taxado de embusteiro, fanatizador e coiteiro de criminosos.
Antes que alguém faça mal juízo sobre a figura do Padre Cícero, é preciso primeiro conhecer a história do menino que queria ser padre, e acabou virando o santo mais reverenciado do nordeste brasileiro,embora a sua imagem ainda não esteja nos altares das igrejas, ela ocupa um espaço especial no coração de seu povo: O SERTANEJO.
O padre Francisco Antero, doutorado em Teologia em Roma, em Outubro de 1883, em seu relatorio sobre o caso do Milagre em Juazeiro escreveu:
"...parece que todos os padres estrangeiros do Seminário desta capital, estão convencidos de que Jesus Cristo não deixa a França para obrar milagres no Brasil: é o maior argumento destes padres contra os fatos do Juazeiro.
PADRE CÍCERO - O SANTO DO JUAZEIRO
Eu peço aos mátires da fé
que agora estão no Céu
ao lado de Jesus Cristo
e sua Mãe tão fiél
que ilumine minha mente
pra decantar em cordel.
A trajetória seguida
por meu Padim milagreiro
que nasceu lá no Crato
pra fazer de Juazeiro
a Méca do Carirí
Terra Santa do Romeiro.
Méca é a cidade sagrada
do povo do ALCORÃO
onde Maomé recebeu
de Alá uma missão
transformar aquele povo
em uma única Nação.
O que houve em Juazeiro
do Norte no Ceará
tem a mesma semelhança
com a Méca de Alá
Maomé viu um Anjo alí
meu Padim viu Deus por cá.
Quem conhece Juazeiro
sabe que falo a verdade
até hoje a presença
de meu Padim na cidade
é notória pois impera
paz, amor e liberdade.
Ele o segundo filho
de três que Dona Quinô
junto com Joaquim Romão
geraram com muito amor
respeitando e seguindo
as Leis de Deus Criador.
Desde cêdo o jovem Cícero
a sua fé demonstrava
se alguém o procurasse
na igreja o encontrava
e ser padre era tudo
que Cícero Romão sonhava.
O senhor Joaquim Romão
ensinou o filho a ler
sabia que era importante
a cartilha do ABC
pois sem cultura no mundo
era dificil viver.
Numa escola cratense
Cícero foi matriculado
aos seis anos de idade
ele era orientado
pelo professor Rufino
que tinha muito cuidado.
Nas lições que aplicava
ao menino Cícero Romão
aritmética, latim,
gramática e religião,
a história do Brasil
e os costumes do sertão.
E dedicado aos estudos
Cícero seguia contente
e o sonho de ser padre
não saía de sua mente
e ao fazer doze anos
jurou decididamente.
Manter sua castidade
e viver imaculado
quando fez dezesseis anos
deixou então seu Estado
pra estudar em Cajazeiras
ele foi matriculado.
Ao chegar na Paraíba
Cícero se sentia assim
a vontade e feliz
ao lado do Padre Rolim
o fundador do colégio
que tinha o principal fim.
Orientar o menino
para a sua vocação
de ser padre e levar
para o povo do sertão
a palavra do senhor
através de seu sermão.
O jovem ficou dois anos
na cidade paraibana
aprendendo os preceitos
de Deus e da vida humana
até que uma notícia triste
chegou das terra serrana.
O seu pai Joaquim Romão
tão amado e querido
lá na cidade do Crato
havia então falecido
deixando o jovem Cícero
triste porém decidido.
Em largar os estudos
que ele tinha tanto gosto
era o único filho homem
por isso estava disposto
em cuidar de sua familia
embora a contragosto.
quase três anos afastado
do mundo da educação
Senhor Joaquim apareceu
para Cícero numa visão
após ele ter tomado
outra triste decisão.
De vender então seus livros
pra quem quisesse comprar
já que vivia ocupado
sem tempo para estudar
e o dinheiro era bem-vindo
pra familia alimentar.
Cícero, não abandone
teus livros e teus estudos
porque Deus dará um jeito
e vai tomar conta de tudo
escute bem meu conselho
meu filhinho,eu não te iludo!
Aquele jovem que tinha
algo de extraordinário
prosseguiu o seu estudo
trabalhou feito um operário
até que conseguiu ingressar
um dia no Seminário.
Da capital cearense
com apoio de seu padrinho
de Crisma Antonio Luiz
que tinha um grande carinho
Por Cícero que iria trilhar
um árduo e longo caminho.
E durante cinco anos
de estudos e dedicação
no Seminário da Prainha
fechou o ciclo de formação
e foi ordenado padre
o filho de Joaquim Romão.
Que não teve vida fácil
pra alcançar seu objetivo
dois anos antes o conselho
alegou vários motivos
para não mais ordenar
o seminarista impulsivo.
E por ter idéias próprias
o seminarista esquecia
que tudo só fincionava
respeitando a hierarquia
mas Cícero era sincero
a Jesus Cristo e a Maria.
Dom Luis que era o Bispo
respeitou suas fraquezas
dizendo: Cícero é um Anjo
e disso eu tenho certeza.
E foi ordenado por ele
na catedral de Fortaleza.
E retornando ao Crato
após um mês de viagem
no lombo de um cavalo
levando em sua bagagem
seu sonho realizado
com amor, fé e coragem.
Na primeira hora do dia
em primeiro de Janeiro
no ano de mil e oitocentos
e setenta e um, no terreiro
de casa desmontou Cícero
"O santo do Juazeiro".
Na janela de sua casa
com uma laparina na mão
Apareceu Dona Quinô
para lhe dar a benção
e Mariquinha e Angélica
abraçaram seu irmão.
Nossa Senhora da Penha
no altar lá da Matriz,
Dona Quinô e as filhas
Seu padrinho Antonio Luiz,
o Padre Manuel Aires
e o povo todo feliz.
Assistiram a primeira
missa que foi celebrada
por Padre Cícero Romão
em sua terra abençoada
e Jesus Cristo cumpriu
a sua palavra empenhada.
porque ele tinha um plano
na vida de meu Padim
filho de Dona Quinô
e do falecido Joaquim
afilhado de Antonio Luiz
aluno do Padre Rolim.
Ainda em setenta e um
ele foi solicitado
lá no Sítio em Juazeiro
um lugarejo afastado
que não tinha Capelão
fixo para aquele lado.
O povo queria muito
uma missa no Natal
para abençoar a todos
que vivia no local
e Padre Cícero aceitou
e partiu para o Arraial.
Que sabia que o povo
precisava de um Pastor
a missa foium sucesso
e reconhecido o valor
do padre que virou amigo
do povo e fiel confessor.
Pobre povo que tentava
sempre sobreviver
procurava uma sombra
e água para beber
vivia alí oprimido
trabalhando pra comer.
No período em que a chuva
caía farta do Céu
enchendo de cereais
o paiol do coronel
que mandava sem ter nunca
entrado em um quartel.
O Governo naquela época
dava o título de Barão
aos donos dos cafezais
e plantadores de algodão
e os donos de muitas posses
era coronel no sertão.
Que tinha em seu comando
a sua própria milícia
que oprimia o povo
com o aval da polícia
eram os jagunços do homem
que agia com malícia.
Quando queria aumentar
o seu pasto ou plantação
oferecia um prêço
irrisório e sem sermão
expulsava o sertanejo
que pensasse em dizer não.
Só restava a esse povo
pedir a Deus lá no Céu
livra-lo da fome e sêde
e do malvado coronel
responsável por deixar
seu ex-vizinho a léu.
Enquanto no Juazeiro
o Padre recem formado
sob a proteção de Deus
solícito e dedicado
trabalhando para o povo
fazendo bons resultados.
No cultivo e criação
conforme os procedimentos
o padre orientava o povo
com um grande conhecimento
conciliando o trabalho
com os Santos Sacramentos.
Mas um dia o jovem padre
sentindo-se muito enfadado
após uma jornada dura
e o corpo quase alquebrado
voltou pra casa abatido
muito triste e cansado.
Tomou água e numa rêde
se deitou pra descansar
quando teve uma visão
mas soube bem precisar
era o Senhor Jesus Cristo
com os Apóstolos a falar.
Todos em volta do Mestre
ouvindo-o atentamente
lembrava a Santa Ceia
a visão em sua frente
Jesus reclamava muito
dos pecados de sua gente.
Que viviam desregradas
mas faria um grande esforço
para salvar o mundo
que estava no fundo do poço
e ordenou de forma enérgica
para aquele padre tão moço:
Tome conta desse povo
essa é a minha vontade!
Padre Cícero vendo o povo
que passava necessidade
resolveu ficar de vez
naquela localidade.
Para ele aquela visão
era de Deus um presente
e um filho que ama o pai
tem que ser obediênte
mesmo enfrentando o perigo
que viria pela frente.
Em pouco tempo Juazeiro
logo se transformou
em uma Vila tão próspera
Que jamais alguém sonhou
e o rebanho do padre
de repente aumentou.
E um dia para o povo
diante da Santa Cruz
a conteceu o Milagre
do Sangue do Senhor Jesus
na hora da Eucaristia
momento de fé e luz.
Quando a hóstia Consagrada
em sangue se transformou
na boca da Beata Maria
de Araújo, se espalhou
pelo o mundo a notícia
que Jesus Cristo chegou.
Na Vila de Juazeiro
e era um sinal de perdão
gente de todo lugar
que morava no sertão
correram pra juazeiro
em busca da salvação.
Os líderes da Santa Igreja
descrentes com o acontecido
suspenderam o Sacerdote
julgando ter ocorrido
uma mentira, um embuste
com o padre envolvido.
Ma o povo conhecia
o Padre Cícero e portanto
não abandonou seu líder
chegando de todo canto
para apoiar seu Pastor,
padrinho, amigo e Santo.
Que jamais abandonou
o povo do seu sertão
e mesmo estando impedido
de pregar o Santo Sermão
não negou jamais a Deus
não abandonou sua missão.
Em mil novecentos e onze
Juazeiro virou cidade
e meu Padim virou prefeito
porque tinha qualidade
pra liderar o seu povo
rumo a prósperidade.
Naquela época ninguém
falava em ecologia
Padre Cícero visionário
para o povo então dizia
não devaste a natureza
plante uma árvore, pedia.
Juazeiro se transformou
em um Oásis no sertão
cana de açúcar, mandióca,
arroz, milho e feijão
dava de tudo na terra
do Padre Cícero Romão.
Que nunca mais passou fome
ou outra necessidade
e o Padre Cícero jamais
deixou aquela cidade
hoje ele está lá no Horto
vendo a felicidade.
Daquele povo que um dia
Jesus Cristo lhe entregou
e é essa a história
do menino que sonhou
em ser padre e no entanto
em santo se transformou.
Só espero que em Roma
o Santo Papa reveja
o caso do Padre Cícero
e faça o que o povo deseja
ver a imagem do "PADIM"
no altar de uma igreja.
Quando eu fui pra Amazônia
ser soldado fuzileiro
eu jamais abandonei
a minha fé de romeiro
e viva meu ''PADIM CIRÇO''
o Santo do Juazeiro.
BATURITÉ/CE 22/07/2011
Para MARIA PEREIRA COSTA(DONA NITA)
08/07/2011
LUIZ GONZAGA - A LEMBRANÇA DE UM APÊLO
A alguns anos atrás, conversando com a minha querida tia OLIVIA BANDEIRA DE QUEIRÓZ


tratavamos de um assunto que tinha como temática, a nossa música nordestina e é evidente que falavamos de LUIZ GONZAGA e suas canções, a importancia que sua vóz tinha para o povo sofrido do Nordeste brasileiro". E hoje remechendo a minha caixa de rascunho, encontrei um texto que escreví logo após a nossa deliciosa conversa, conversa essa que hoje eu recordo e sinto saudade de minha querida e amada "TIA OLÍVIA".
LUIZ GONZAGA - A LEMBRANÇA DE UM APÊLO
Quando olhei a terra ardendo,naquele cruel verão
confesso chorei de saudade de Luiz,Rei do baião
porta-voz da gente humilde que mora no meu sertão
que sem ter o que comer é obrigado a viver
mendigando água e pão.
Essa gente tem a coragem e a força de um trator
e lá pras bandas do Sul já mostrou o seu valor
fez prédios, fez viadutos e escola pra formar doutor
fez São Paulo e fez o Rio e construiu para o Brasil
a sua sede com muito amor.
Chamam logo de doutor o homem que se veste bem
e se esquecem que é pela ação que se mostra o valor que tem
e hoje eu espero a promessa mas o politico não vem
só ele ganha com a perca e a tal industria da sêca
e que se dane o "ZÉ NINGUÉM".
E neste sertão de Zé, Chico, João e Maria
existiu um sanfoneiro que sempre nos defendia
e agora vivemos a sorte do nosso dia e adia
a ASA BRANCA voou, quando a sanfona parou
sem música,sopro e alegria.
Aqui termino este versos por não poder mais guardar
essa saudade que agora só quer me fazer chorar
mas eu sei que um bom remédio
pra saudade é cantar.
PÁDUA DE QUEIRÓZ
com aféto e gratidão para OLÍVIA QUEIRÓZ, MARIA QUEIRÓZ E SHIRLEY QUEIRÓZ.
LUIZ GONZAGA - A LEMBRANÇA DE UM APÊLO
Quando olhei a terra ardendo,naquele cruel verão
confesso chorei de saudade de Luiz,Rei do baião
porta-voz da gente humilde que mora no meu sertão
que sem ter o que comer é obrigado a viver
mendigando água e pão.
Essa gente tem a coragem e a força de um trator
e lá pras bandas do Sul já mostrou o seu valor
fez prédios, fez viadutos e escola pra formar doutor
fez São Paulo e fez o Rio e construiu para o Brasil
a sua sede com muito amor.
Chamam logo de doutor o homem que se veste bem
e se esquecem que é pela ação que se mostra o valor que tem
e hoje eu espero a promessa mas o politico não vem
só ele ganha com a perca e a tal industria da sêca
e que se dane o "ZÉ NINGUÉM".
E neste sertão de Zé, Chico, João e Maria
existiu um sanfoneiro que sempre nos defendia
e agora vivemos a sorte do nosso dia e adia
a ASA BRANCA voou, quando a sanfona parou
sem música,sopro e alegria.
Aqui termino este versos por não poder mais guardar
essa saudade que agora só quer me fazer chorar
mas eu sei que um bom remédio
pra saudade é cantar.
PÁDUA DE QUEIRÓZ
com aféto e gratidão para OLÍVIA QUEIRÓZ, MARIA QUEIRÓZ E SHIRLEY QUEIRÓZ.
PUTIU - O MILAGRE


PUTIU - O MILAGRE
Baturité minha terra
abençoada por Deus
minha cidade querida
onde meu verso nasceu
com o fundo musical
do belo manancial
que sacia o povo meu.
Agora caro leitor
eu peço a sua atenção
para narrar essa historia
do passado em meu torrão
quando aliado da fé
o povo de Baturité
encontrou a salvação.
De um grupo de facínoras
que saiu de Juazeiro
com destino a Fortaleza
com intuito desordeiro
saquearam várias cidades
com a maior pervesidade
em nome do "SANTO ROMEIRO".
Comandados por DOUTOR FLORO
o temivel satanaz
da cidade de Juazeiro
em razão da "SANTA PAZ"
espalhando o pesadelo
pra depor FRANCO RABELO
do seu governo incapaz.
De zelar os interesses
da Região do Carirí:
Campos Sales, Araripe,
Assaré e Maurití,
Crato,Barbalha,Juazeiro,
terra santa dos romeiros
devotos do meu Padim.
Chegando em Iguatu
pela grande ferrovia
A bala comeu de esmola
humilhação e covardia
E não poupavam ninguém
A desgraça foi além
do que o povo merecia.
E paraconter a horda
não tinha policiamento
ao ouvirem o tiroteio
correram de mato a dentro
o Sargento e o soldado,
o prefeito e o delegado
no lombo de um jumento.
E tudo o que se podia
levar em seu embornal
nos alforges pendurados
no dorso de um animal
os cangaceiros levavam
mas também incendiavam
o que restava no final.
E foi uma varredura
que na época aconteceu
estupro,saques e mortes
lá em SENADOR POPEU,
QUIXERAMOBIM,QUIXADÁ
no sertão do Ceará
sangue inocente escorreu.
Enquanto em BATURITÉ
todo o povo trabalhava
no Bairro do PUTIU
unidos edificava
um templo para CRISTO REI
e pelo o que hoje eu sei
meu avô participava.
Na construção da igreja
que ainda hoje está de pé
e é um belo cartão
postal de Baturité
vovô PORFÍRIO BANDEIRA
trabalhou dessa maneira
demonstrando a sua fé.
Naquele que salvaria
a sua bela cidade
da gana dos cangaceiros
e suas atrocidades
cada tijolo empilhado
Vovô seguia animado
e cada vez mais com vontade.
De ver a sua igrejinha
pronta para receber
a imagem de CRISTO REI
que iria permanecer
com a VIRGEM DA CONCEIÇÃO
para toda a região
rezar e agradecer.
Pela colheita abundante
do café e do algodão
o armazém estava lotado
além do milho e feijão
as duas imagens estavam
lá dentro e aguardavam
o altar para a oração.
Esculpidas na EUROPA
em tamanho natural
as imagens da igrejinha
semelhante ao real
que chegaram de cargueiro
lá do RIO DE JANEIRO
noticiou o jornal.
Cangaceiro não é santo
mas respeita o Divino
ao chegarem em BATURITÉ
correu velho e menino
mas Vovô pegou nas armas
e disse: ninguém desarma
um serrano nordestino.
Fez a contagem do bando
lá mesmo de seu terreiro
CENTO E VINTE e CINCO era
o número de cangaceiros
com DOUTOR FLORO na frente
comandando aquela gente
repleta de desordeiros.
Pode queimar o armazém!
DOUTOR FLORO, ordenou
.a pesada porta cedeu
e todo bando entrou
e ao ver os dois caixotes
o chefe deu um pinote
e de alegria gritou:
Aquí só pode ter ouro
abram com muito cuidado
vamos levar de presente
pra nosso PADIM AMADO
mas para sua surpresa
ao verem tamnha beleza
ficaram paralizados.
Ao verem as duas imagens
de MARIA e de JESUS
e colocaram no chão
o PAPO-AMARELO e ARCABUZ
e sem desviarem o olhar
começaram a recuar
fazendo o sinal da cruz.
Um disse: Deus me perdoe
Mãe Divina eu vou embora
Doutor eu não boto fogo
é melhor nós cair fora
vamos em frente negada
essa terra é a morada
de JESUS E NOSSA SENHORA.
Enquanto o VOVÕ PORFIRIO
observava a distância
fascinado com a fé
aliada a ingnorancia
daquela gente tão rude
que tinha como atitude
a cruel intolerância.
E na sua missão de fé
prosseguiram no ideal
passando por ARACOIABA
porém sem fazerem mal
ÁGUA VERDE e GUAIÚBA
e depois por PACATUBA
chegaram na Capital.
Eu sou Pádua de Queiroz
escrever é meu papel
Jesus é meu Salvador
meu amigo mais fiel
caminho,verdade e vida
e a minha arte querida
é o meu velho cordel.
poeta PÁDUA DE QUEIRÓZ
Fortaleza 27/05/2011
Saber que Baturité hoje é um caminho para a Cidade de Guaramiranga, que promove festivais do vinho,jazz e cinema, eu sinto uma dor no fundo do peito ao ver tanta gente pisando sem se importar com a história do Ceará e do Brasil.
A Revolução Pernambucana, A Confederação do Equador,A Sedição de Juazeiro, A Segunda Guerra Mundial,...Com a presença marcante nesta cidade de Dona Bárbara de Alencar,Tristão Gonçalves,Dr.Floro Bartolomeu,Marechal Mascarenhas de Morais,Capitão Miguel Edge,Comendador Ananias Arruda,escreveram o seu capítulo na história dessa cidade,que é história e tem muita história pra contar.
PARA: FRANCISCA BANDEIRA DE QUEIROZ(minha mãe)
IOLANDA BANDEIRA DE QUEIROZ(tia Iolanda)
OLIVIA BANDEIRA DE QUEIROZ(tia Olivia)
MARIA BANDEIRA DE QUEIROZ(tia Maria)
INÁCIO BANDEIRA DE QUEIROZ(tio Inácio)in memória: PORFIRIO BANDEIRA DE QUEIROZ(vovô)
FRANCISCA FERREIRA DE QUEIROZ(vovò)
ANTONIO BANDEIRA DE QUEIROZ(tio Antonio)
JOSÉ BANDEIRA DE QUEIROZ(tio ZÉ PORFIRIO)
RAIMUNDO BANDEIRA DE QUEIROZ(tio Raimundo)
FRANCISCA BANDEIRA DE ALENCAR(tia menininha)
ESSA FAMILIA NASCEU E VIVEU NESTA CASA, AS MARGENS DA ESTRADA DE FERRO DE BATURITÉ,E O RIO PUTIÚ.

PÁDUA DE
26/05/2011, republicada em 08/07/2011
30/05/2011
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