23/05/2009

O CORDEL NA ESCOLA



Antonio de Pádua Borges de Queiroz, grande compositor, poeta cordelista e membro do site da Câmara Brasileira de Escritores.

Por nascer com a sensibilidade da arte escorrendo em suas veias, se tornou um eterno amante das composições, que chegam num passe de mágica a sua mente.
A poesia faz sua companheira, do cordel é amante e recitar é sua arte.
Pádua se destaca por ministrar oficinas de córdeis e pelas composições de córdeis, por encomendas.

Com um desejo enorme de chegar ao topo do mundo tem levado seus escritos para os apaixonados e para os enamorados e amantes da poesia e do cordel.


A pedido de uma aluna do COLEGIO JUSTINIANO DE SERPA em Fortaleza, nasceu o trabalho maravilhoso que se intitula O CORDEL NA ESOLA, escrito pelo então grande poeta, compositor e cordelista, Pádua de Queiroz.

O CORDEL NA ESCOLA

Eu não sou passarinho
Que canta e sabe voar
Mas vôo cantando versos
Com o pensamento no ar
Deus quando fez o mundo
Me deu naquele segundo
O dom de saber rimar.

Fez o céu, a terra e o mar
Planeta e constelação
Animais de varias espécies
Minério e vegetação
Quadrúpede, bípede e aquático
Um mundo belo e fantástico
Fez o Pai da Criação.

E é com prazer e alegria
Cheio de satisfação
Que eu volto a escrever
Em prol da educação
Essa é minha labuta
Minha vida, minha luta
Minha adorada missão.

01

Eu sou Pádua de Queiroz
O poeta da juventude
Enquanto eu faço poesia
Eu peço a Deus que ajude
A escola que é importante
E proporciona ao estudante
Saber, cidadania e saúde.

Lá o professor ensina
Com tanto esclarecimento
Que o aluno aprende
Sem duvidar um momento
E o aluno deslumbrado
Viaja bem confortado
No carro do pensamento.

Rumo ao mundo das ciências
Química, física, biologia
História geral, português
E a nossa geografia
No colégio Justiniano
De Serpa eu não me engano
O cordel tem o seu dia.

02

O cordel é uma ferramenta
De entretenimento e didática
É tão simples, mas no entanto
Tem a sua sistemática
Pra sentir sua energia
Não adianta a teoria
É mais importante a prática.

Mas as vezes me pergunto
Porém fico sem resposta
Em um País tão imenso
Porque estreitaram as portas
No passado onde a cultura
Tinha na literatura
A sua maior proposta?

Hoje esta maneira de arte
Vinda do meio do mato
Cultivada por um povo
Sem tendência ao literato
Entrou com propriedade
Na escola e universidade
Comprovando ser de fato.

03


Digna de todo respeito
Como está acontecendo
E eu como cordelista
Vou compondo e agradecendo
Aos alunos e educadores
Fiéis colaboradores
Que vão sempre aparecendo.

E como agradecimento
Por essa iniciativa
O poeta cordelista
Com sua mente criativa
Também presta homenagem
Com sua simples linguagem
Poética e educativa.

Aos alunos dessa escola
Que leva o nome de quem
Trabalhou e com o trabalho
Foi na sua área além
De um grande Jurista,
Escritor e Jornalista
Em tudo que fez, fez bem.

04


Mesmo nascido na terra
Que pouco brota do chão
Na história brasileira
Foi notável sua atuação
Quantos doutores formados
Por ele foram orientados
Pra exercerem a profissão.

Justiniano de Serpa
Bom político e orador
Na Faculdade de Direito
Foi um grande professor
Destacado deputado
No Pará e em nosso Estado
Também foi governador.

Em mil novecentos e vinte
Assumiu a liderança
Como presidente do Estado
Munido de esperança
No período republicano
Destacou-se Justiniano
Com fibra e perseverança.

05


Não concluiu seu mandato
Como era um sonho seu
A morte que tudo leva
Seu governo interrompeu
E esse grande jurista
De afinado ponto de vista
Em vinte e três faleceu.

Justiniano de Serpa
Deixou seu nome gravado
Nas páginas de nossa historia
Nos deixou o seu legado:
Trabalho e dedicação.
Mostrando a toda Nação
O valor de nosso Estado.

É por isso que eu peço
A juventude de agora
Estude, aproveite a vida
Não jogue esse dom fora
Ultrapasse as barreiras
E empunhe a bandeira
Que ele empunhou outrora.

06

Só assim os nossos filhos
Se orgulharão de todos nós
E no futuro viverão
Bradando em uníssona voz:
Viva os nossos antepassados
Que não foram derrotados,
Pela ignorância feroz!

Não espere que alguém
Vá fazer a sua parte
Dedique-se mais a escola
Estudar também é arte
Faça você sua historia
Preservando a memória
Ninguém nasce pra ser mártir.

Eu preciso da escola
Como a semente do chão,
A escola é o berço
Onde nasce o cidadão
Para viver mais feliz
Construindo um país
De paz, amor e união.

07


Escrito em Fortaleza, 16/05/2009

PÁDUA DE QUEIRÓZ
GRANDE POETA, COMPOSITOR E CORDELISTA
Contato: (85) 86467264
Email padua.dequeiroz@hotmail.com; paduadequeiroz@gmail.com
http://paduadequeirozcordelearte.blogspot.com/
LHK CORDEL & GRÁFICA
Email: lhk_2007@hotmail.com

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