23/05/2009

O JUMENTOCÍDIO

JUMENTOCÍDIO
ESCRITOR: POETA PÁDUA DE QUEIRÓZ


CARO AMIGO LEITOR
NÃO VAMOS CRUZAR OS BRAÇOS
FAÇAMOS IGUAL TONY PRADO
QUE SEM NENHUM EMBARAÇO
COM MUITA PROPRIEDADE
EM UM JORNAL DA CIDADE
OCUPOU UM GRANDE ESPAÇO

PARA FAZER A DENÚNCIA
DE UM TRISTE ACONTECIMENTO
ESTÁ MORRENDO ABANDONADO
O NOSSO AMIGO JUMENTO
O SÍMBOLO DO MEU SERTÃO
EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
RECEBE O SEU PAGAMENTO

POR TER AJUDADO AO HOMEM
POR TER TRABALHADO DURO
NA CONSTRUÇÃO DE AÇÚDES
ESTRADAS, CASAS E MUROS
POR ALIMENTAR SEU DONO
HOJE VIVE AO ABANDONO
NO SOL QUENTE E NO ESCURO.

01

ESTE ANIMAL QUE JÁ FOI
COMPANHEIRO IMPORTANTE
NA VIDA DO SERTANEJO
NUM PASSADO NÃO DISTANTE
DIZEM: AGORA É UMA PRAGA
QUE NA BEIRA DA ESTRADA
AMEAÇA O VIAJANTE.

AO PERAMBULAR NA ESTRADA
TENTANDO EM VÃO EXISTIR
POR NÃO TER MAIS SERVENTIA
E NEM LUGAR PARA DORMIR
PRA PIORAR A REALIDADE
AS NOSSAS AUTORIDADES
AGORA TENTA EXTINGUIR.

O DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES
E RODOVIAS DO ESTADO
RECOLHE EM SUAS ESTRADAS
O JUMENTO ABANDONADO
PARA ABANDONAR NO CURRAL
O TÃO SOFRIDO ANIMAL
PARA SER MAIS MALTRATADO.

02

NO CEU SETE MEIA
A MORTE FAZ MORADIA
NA FAZENDA EM QUE O DER
O POBRE JUMENTO ENVIA
É LÁ EM SANTA QUITÉRIA
A MORADA DA MISÉRIA
QUE ACONTECE HOJE EM DIA.

É FOME, É SEDE, É DOENÇA
DESCASO E DESNUTRIÇÃO
CADÁVERES A CÉU ABERTO
URUBÚS E PODRIDÃO
É O FIM DAQUELE QUE UM DIA
LUIZ GONZAGA DIZIA:
O JUMENTO É NOSSO IRMÃO.

ENQUANTO O ADMINISTRADOR
DESSE ORGÃO ESTADUAL
PRA SE LIVRAR DA VERGONHA
DESSE CRIME AMBIENTAL
CULPA O ANTIGO DONO
QUE JOGA AO ABANDONO
O SEU INÚTIL ANIMAL.

03

O TRABALHO DO JUMENTO
NA BÍBLIA ESTÁ ESCRITO
QUANDO HERODES PERSEGUIA
O RECÉM-NASCIDO CRISTO
O PROFETA DE NAZARÉ
COM MARIA E COM JOSÉ
REFUGIARAM-SE NO EGITO.

MONTADO NO DORSO DELE
CRUZARAM TODO DESERTO
QUANDO JESUS PRECISOU
O JUMENTO ESTAVA PERTO
E AO VOLTAR A JERUSALÉM
JESUS MONTAVA TAMBÉM
NO SEU ANIMALZINHO ESPERTO.

MESMO COM BELOS SERVIÇOS
PRESTADOS A CRISTANDADE
INFELIZMENTE HOJE EM DIA
É TÃO TRISTE A REALIDADE
EM TODO SERTÃO NORDESTINO
O NOSSO CITADO ASININO
SOFRE A PERVERSIDADE.

04

EM TRADICIONAIS CORRIDAS
PARA VENCER NÃO IMPORTA
OS MÉTODOS SOFRIDOS POR ELE
OUTRO ANIMAL NÃO SUPORTA
CIGARRO ACESO NA ORELHA
DISPUTANDO A TAL PARELHA
O JEGUE CORRE E SUFOCA.

AS CUTUCADAS DE ESPORAS
CHICOTE DE ARAME FARPADO
PARA SUPRIR A GANÂNCIA
DE SEU DONO ESCRAVIZADO
PELA FORÇA DO DINHEIRO
NÃO SE IMPORTA O BRASILEIRO
COM O JUMENTO MALTRADO.

DESDE O SÉCULO PASSADO
QUE O HOMEM CRIAM LEIS
DE PROTEÇÃO AOS ANIMAIS
EU RECORDO MAIS DE SEIS
MAS O DOUTOR LOGO ESQUECE
E O JUMENTO PADECE
OS MALTRATOS OUTRA VEZ.

05

HÁ ALGUM TEMPO ATRÁS
NA CIDADE DE QUIXADÁ
FIZERAM ENTÃO UMA DENÚNCIA
A POLÍCIA MILITAR
QUE ESTAVA SENDO VENDIDA
CARNE DE JEGUE MOÍDA
PARA O POVO DO LUGAR.

E A POLÍCIA CEARENSE
TRABALHOU PARA PUNIR
OS CULPADOS DE TAL CRIME
QUE REALIZARAM ALÍ
MAS O CEARÁ É BRASIL
E NO BRASIL QUEM JÁ VIU
UM CRIMINOSO CUMPRIR:

PENA POR DERRUBAR ÁRVORE
PENA POR ROUBAR DOS POBRES
PENA POR MATAR JUMENTO
QUEM TEM DINHEIRO ENCOBRE
NO PAÍS DA IMPUNIDADE
PREVALESCE A INIQUIDADE
OURO É OURO E COBRE É COBRE.

06

HOJE A LEI ESTÁ ESCRITA
MAS PARECE BRINCADEIRA
PORQUE O JUMENTOCÍDIO
QUE DENUNCIOU PADRE VIEIRA
HÁ QUARENTA ANOS ATRÁS
AINDA HOJE SE FAZ
DAQUELA MESMA MANEIRA.

JÁ LEVARAM PARA HOLANDA
PARA BÉLGICA E O JAPÃO
O JUMENTO ENLATADO
PRA SUA ALIMENTAÇÃO
CARNE MUITA APRECIADA
LEGALMENTE EXPORTADA
DE NAVIO E DE AVIÃO.

O PANTANAL BRASILEIRO
PROTEJE O SEU JACARÉ
NO AMAZONAS A ONÇA
PROTEGIDA HOJE É
E EM BELÉM DO PARÁ
O PEIXE-BOI E O TRACAJÁ
TEM DEFENSORES DE FÉ.

07


A VIDA É PRA SER VIVÍDA
POR ISSO DEUS FEZ O MUNDO
MAS O QUE LEVA UMA VIDA
O HOMEM ACABA NUM SEGUNDO
VAMOS POR NA CONSCIÊNCIA
DEFENDER A EXISTÊNCIA
DO JUMENTO MORIBUNDO.

EU NÃO SEI SE OS MEUS NETOS
PODERÃO UM DIA VER
TOCAR OU MONTAR NUM JEGUE
COMO CANSEI DE FAZER
NA AURORA DE MEUS ANOS
NO MEU CHÃOZINHO SERRANO
FELIZ NO MATO A CORRER.

EU DEDICO ESTES VERSOS
COM AFÉTO E GRATIDÃO
EM MEMÓRIA DO PADRE VIEIRA
E LUIZ REI DO BAIÃO
AO REPORTER TONY PRADO
EU DIGO MUITO OBRIGADO
O JUMENTO É NOSSO IRMÃO.

FORTALEZA
16/03/2008

O CORDEL NA ESCOLA



Antonio de Pádua Borges de Queiroz, grande compositor, poeta cordelista e membro do site da Câmara Brasileira de Escritores.

Por nascer com a sensibilidade da arte escorrendo em suas veias, se tornou um eterno amante das composições, que chegam num passe de mágica a sua mente.
A poesia faz sua companheira, do cordel é amante e recitar é sua arte.
Pádua se destaca por ministrar oficinas de córdeis e pelas composições de córdeis, por encomendas.

Com um desejo enorme de chegar ao topo do mundo tem levado seus escritos para os apaixonados e para os enamorados e amantes da poesia e do cordel.


A pedido de uma aluna do COLEGIO JUSTINIANO DE SERPA em Fortaleza, nasceu o trabalho maravilhoso que se intitula O CORDEL NA ESOLA, escrito pelo então grande poeta, compositor e cordelista, Pádua de Queiroz.

O CORDEL NA ESCOLA

Eu não sou passarinho
Que canta e sabe voar
Mas vôo cantando versos
Com o pensamento no ar
Deus quando fez o mundo
Me deu naquele segundo
O dom de saber rimar.

Fez o céu, a terra e o mar
Planeta e constelação
Animais de varias espécies
Minério e vegetação
Quadrúpede, bípede e aquático
Um mundo belo e fantástico
Fez o Pai da Criação.

E é com prazer e alegria
Cheio de satisfação
Que eu volto a escrever
Em prol da educação
Essa é minha labuta
Minha vida, minha luta
Minha adorada missão.

01

Eu sou Pádua de Queiroz
O poeta da juventude
Enquanto eu faço poesia
Eu peço a Deus que ajude
A escola que é importante
E proporciona ao estudante
Saber, cidadania e saúde.

Lá o professor ensina
Com tanto esclarecimento
Que o aluno aprende
Sem duvidar um momento
E o aluno deslumbrado
Viaja bem confortado
No carro do pensamento.

Rumo ao mundo das ciências
Química, física, biologia
História geral, português
E a nossa geografia
No colégio Justiniano
De Serpa eu não me engano
O cordel tem o seu dia.

02

O cordel é uma ferramenta
De entretenimento e didática
É tão simples, mas no entanto
Tem a sua sistemática
Pra sentir sua energia
Não adianta a teoria
É mais importante a prática.

Mas as vezes me pergunto
Porém fico sem resposta
Em um País tão imenso
Porque estreitaram as portas
No passado onde a cultura
Tinha na literatura
A sua maior proposta?

Hoje esta maneira de arte
Vinda do meio do mato
Cultivada por um povo
Sem tendência ao literato
Entrou com propriedade
Na escola e universidade
Comprovando ser de fato.

03


Digna de todo respeito
Como está acontecendo
E eu como cordelista
Vou compondo e agradecendo
Aos alunos e educadores
Fiéis colaboradores
Que vão sempre aparecendo.

E como agradecimento
Por essa iniciativa
O poeta cordelista
Com sua mente criativa
Também presta homenagem
Com sua simples linguagem
Poética e educativa.

Aos alunos dessa escola
Que leva o nome de quem
Trabalhou e com o trabalho
Foi na sua área além
De um grande Jurista,
Escritor e Jornalista
Em tudo que fez, fez bem.

04


Mesmo nascido na terra
Que pouco brota do chão
Na história brasileira
Foi notável sua atuação
Quantos doutores formados
Por ele foram orientados
Pra exercerem a profissão.

Justiniano de Serpa
Bom político e orador
Na Faculdade de Direito
Foi um grande professor
Destacado deputado
No Pará e em nosso Estado
Também foi governador.

Em mil novecentos e vinte
Assumiu a liderança
Como presidente do Estado
Munido de esperança
No período republicano
Destacou-se Justiniano
Com fibra e perseverança.

05


Não concluiu seu mandato
Como era um sonho seu
A morte que tudo leva
Seu governo interrompeu
E esse grande jurista
De afinado ponto de vista
Em vinte e três faleceu.

Justiniano de Serpa
Deixou seu nome gravado
Nas páginas de nossa historia
Nos deixou o seu legado:
Trabalho e dedicação.
Mostrando a toda Nação
O valor de nosso Estado.

É por isso que eu peço
A juventude de agora
Estude, aproveite a vida
Não jogue esse dom fora
Ultrapasse as barreiras
E empunhe a bandeira
Que ele empunhou outrora.

06

Só assim os nossos filhos
Se orgulharão de todos nós
E no futuro viverão
Bradando em uníssona voz:
Viva os nossos antepassados
Que não foram derrotados,
Pela ignorância feroz!

Não espere que alguém
Vá fazer a sua parte
Dedique-se mais a escola
Estudar também é arte
Faça você sua historia
Preservando a memória
Ninguém nasce pra ser mártir.

Eu preciso da escola
Como a semente do chão,
A escola é o berço
Onde nasce o cidadão
Para viver mais feliz
Construindo um país
De paz, amor e união.

07


Escrito em Fortaleza, 16/05/2009

PÁDUA DE QUEIRÓZ
GRANDE POETA, COMPOSITOR E CORDELISTA
Contato: (85) 86467264
Email padua.dequeiroz@hotmail.com; paduadequeiroz@gmail.com
http://paduadequeirozcordelearte.blogspot.com/
LHK CORDEL & GRÁFICA
Email: lhk_2007@hotmail.com

10/05/2009

A DIFÍCIL TRAJETÓRIA DE UM CORDELISTA,COMPOSITOR, DESENHISTA E POETA

Antônio de Pádua Borges de Queiróz, começou a escrever em 1986, sob influência de seu professor de Educação Artística, o poeta proletário ITON LOPES, já que ele havia reconhecido que a poesia fazia parte da vida de Antônio Pádua. Corria nas suas veias o sangue de poeta.
Em 1991, muda-se para a Amazônia brasileira, para incorporar no Corpo de Fuzileiros Navais, onde permaneceu até 1996.
Em 1995, participou da 12a Feira internacional de livro (XII Feria internacional del libro) entre 27 de julho a 13 de agosto, na provinci de Maynas, no Peru, quando recebeu menção honrosa por seu livro voltado a apresentação da Amazônia - "Recordando". Além deste cordel tem vários outros publicados pela Editora Amanhecer.
Retornando a sua cidade natal Baturité, localizada no estado do Ceará, volta a dedicar-se à música nordestina e à literatura de cordel.
Publicou pela Editora Qualigraf, o classico "QUEM ACENDEU LAMPIÃO", um estudo sócio-político do nordeste brasileiro, na época "CANGACERÍSTICA", tornando-se o mais polêmico poeta popular contemporâneo, deixando no ar a dúvida de um herói morto inesquecido entre um covarde escondido.
Com apoio de seu irmão de coração Stellson Dionne, pela Midia Editora publica a Coletânea de Poesias "Eternamente", um misto de poesias românticas e sociais.
Continua escrevendo seu trabalho "Minha dor", que resgata a memoria das vitimas do holocausto, durante 2a. Guerra Mundial.
Pádua está finalizando um outro Cordel, em memória ao seu tio José Bandeira, falecido em 2007, que na sua vida foi um grande herói.
Outro trabalho notável é "O 15 e outras conquistas", escrito em homenagem a uma grande escritora brasileira, Raquel de Queiróz.
O que torna o poeta de coração vivo, é o reconhecimento, o prestígio e a divulgaçao de nossos trabalhos, o que ocorreu recentemente com a publicação do clássifco "Quem Acendeu Lampião", na Câmara Brasileira de Jovens Escritores e "O 15 e outras conquistas", publicado pela Celi Poesias.
Por nascer com a sensibilidade da arte escorrendo em suas veias, se tornou um eterno amante da poesia, do cordel e da arte como um todo.
Sonhador. Com um desejo enorme de chegar ao topo do mundo, levando seus escritos para os apaixonados e amantes da poesia e do cordel.
Em abril de 2009, participou de um trabalho literário no Colegio Marista, de Fortaleza, que após sua apresentação, nasceu o trabalho maravilhoso que se segue, escrito pelo então poeta e cordelista Pádua de Queiróz.
A HISTÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL

O poeta cordelista
Com muita satisfação,
Se apresenta no colégio
Marista Sagrado Coração,
Para falar do cordel
Por que esse é seu papel
De magnífica missão.

A didática é o objetivo
Maior dessa literatura,
Que aborda vários temas
De diferentes culturas,
Nas ruas e universidades
O cordel tem prioridade
Até na magistratura.

Eu posso até comparar
Este trabalho singelo,
Com a obra de Shakespeare
Que um dia escreveu “Otelo”,
O cordel é importante
Tal qual livro de Cervantes
Nossos folhetos são belos.

Pádua de Queiróz vem escrevendo muitos poemas, poesias e cordel que sempre estarão sendo publicada aqui neste blog.
Hoje desempregado há mais de 6 meses, sua maior dedicação tem sido aos seus trabalhos, que vem sendo o que alimenta sua alma.
Além das poesias, poemas, córdeis e composições, Antonio de Pádua cria e desenha, resultando nos trabalhos aqui divulgados.
NÃO DIGA NADA
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz

No entanto não precisa dizer nada
Após ouvir o que eu tenho pra falar,
Mas eu preciso te contar esse segredo
Que somente a ti me interessa revelar.

Entretanto não me diga uma palavra
Depois de ouvir o que eu vou lhe dizer,
A solidão já não mais me apavora
Porque eu estou apaixonado por você.

Portanto não me deixe sem resposta
Não me censure por querer-te tanto assim.
Só me abrace, ou então dê-me um sorriso
Hoje eu quero ter você perto de mim.

No entanto, entretanto e portanto
Viver a vida é viver um grande amor.
Me ame agora mesmo que por um instante
E não diga nada, eu te peço por favor.

27.Abril.2000
ME DIGA COMO É QUE EU FAÇO
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz





Me diga como é que eu faço
Pra esquecer teu olhar?
Pra não querer teus abraços?
Pra viver sem te amar/
O amor é engraçado
Antes desinteressado
Vi você por mim passar.

Tão criança, tão menina
Sorrindo sempre a brincar
Todavia o tempo ensina
Que não se deve enganar,
Um coração de poeta
Que a outro se completa
Numa noite de luar.

Hoje eu estou sozinho
Só escrevo e sei rimar
Se eu fosse um passarinho
Não podia mais voar.
Me diga como é que faço
Pra não querer teus abraços,
Pra viver sem te amar?

03.Março.2001
A NOITE EM QUE VOCE FOI QUASE MINHA
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz



Na noite em que você foi quase minha
Eu não acreditei que era verdade,
Mas quando eu senti o teu calor me aquecer
Meu sonho enfim virou realidade.

Teu cheiro tinha o cheiro do desejo
Teu corpo um convite ao prazer,
Teus olhos me diziam tantas coisas
E sem falar eu esperava tudo acontecer.

O tempo parecia estar parado
O mundo tão deserto até ficou,
Na noite em que você foi quase minha
Me disse adeus e nunca mais voltou.

Agora estou pensando em você
Será que você está pensando em mim?
Será que se esqueceu daquela noite,meu amor
Que parecia não chegar ao fim?


07 de março de 2002
QUARTO ESCURO
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz


Estou só e não posso viver um grande amor
E neste quarto escuro abraçando a minha dor,
Espero ver você chegar dizendo para mim:
Eu quero ter você perto de mim!

A primeira vez que eu te vi ,meu pobre coração
Pulsava em meu peito sem saber a razão,
Teu jeito de falar e ser me fez compreender
Que eu não seria nada sem você.

E te observando parado eu fiquei
E sem saber seu nome eu me apaixonei.
Vi você se afastar e me deixando assim
Pensando em ter você perto de mim.

Não sei mas eu pressinto que você já me amou
Talvez em outra vida que a gente já passou,
Eu vivo nessa solidão, eu sinto essa dor
Tentando te encontrar meu grande amor.

Estou só e não quero amar a mais ninguém
E nessa noite triste eu só penso em meu bem.
Depois de muito tempo meu pobre coração
Me disse que você era a razão.

17 de novembro de 2003
MEU BEIJA-FLOR
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz

O coração tem dois lados
Um reclama outro consola,
É assim a realidade
Um sorrir o outro chora,
A vida passa com o tempo
A menina é senhora,
Senhora não sei de quem
Meu beija-flor foi embora.

Ainda tenho a poesia
E o Sol pra me aquecer,
Uma lágrima pra chorar,
Um amor pra esquecer,
Tenho a noite escura e fria
Para então me esconder
Porque eu sei não adianta
Dar amor sem receber.

06.Maio.2006

direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz
EU TE SINTO TÃO PRESENTE
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz

Eu te sinto tão presente
Que essa dor que você sente
Vive a me atormentar.
E essa lágrima teimosa
Que desliza preguiçosa
O meu rosto vem molhar.

Eu te sinto tão presente
Que teu corpo mesmo ausente
Faz meu coração pulsar.
Nesta noite silenciosa
Na lua cheia e formosa
Vejo a luz de teu olhar.

Eu te sinto tão presente
Que minha alma tão carente
Sai de mim a procurar.
Você triste e dengosa
Que distante já não goza
De meu amor para amar.

30.Outubro.2005
ETERNAMENTE
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz


Se a vida fosse uma eternidade
Eu te amaria eternamente,
Pra não ver o Sol se por
Assim tão de repente,
E nem tampouco pensaria
Apagar da minha mente,
Teu sorriso, teu olhar
Mesmo que indiferente,
Me sorrir de outro modo
E não olha simplesmente,
Para mim que só deseja
Abraçar teu corpo quente,
E viver uma eternidade
Pra te amar eternamente.

03.Fevereiro.2004
O AMOR ANTIGO
direito autoral: do escritor, compositor, cordelista, poeta e desenhista Pádua de Queiróz


O amor antigo
Quanto mais antigo mais forte é,
Se o tempo lhe oculta na distancia
E lhe revela no futuro
O amor antigo se renova como a fé.

O amor antigo
Sem passado não existe
E no presente é inseguro,
Porque o tempo não garante
Se será alegre ou triste.

O amor antigo
É Divino e verdadeiro,
Quando o tempo lhe preserva a lembrança
Dos momentos mais felizes
Do antigo amor primeiro.

O amor antigo
Divino, verdadeiro e forte,
Nem a distancia separa
Nem a lembrança se esvai
Durante a vida ou Além-morte.

29.Maio.2007