O pai do forró moderno
Foi
escrevendo meus versos
Com papel e
lápis na mão
Que fiquei
a matutar
Sobre essa
reflexão:
“A medicina
não cura
A dor da
ingratidão.”
Acredite
meu irmão
Quem não
sabe agradecer
Um bom dia,
ou um favor
Ou se nega
algo fazer
Esse só
quer se servir
E não serve
pra viver.
E pra você
compreender
Aonde eu
quero chegar
Neste sete
de Março
Eu só quero
homenagear
O pai do
forró moderno
Com minha
arte de rimar.
Então vamos
recordar
O forró
tradicional:
Sanfona,
zabumba e triangulo
Etecetera e
coisa e tal
Tinha
perdido espaço
A cultura
regional.
Nas festas
da capital
Muita coisa
se tocava
Pop rock,
MPB
Nosso forró
se afastava
Do gosto da
juventude
Porque
ninguém respeitava.
Nossa
música que ficava
Sempre
deixada de lado
Nos
intervalos dos shows
Era raro
ser tocado
O forró que
Gonzagão
Havia então
nos legado.
Um
sanfoneiro afamado
Mendigava
pela feira
Com o mesmo
repertório
Tocando
“Mulher Rendeira”
Sem ter o
conhecimento
Da sua arte
verdadeira.
Não vá
pensar que é besteira
O que eu
falo em meu cordel
O artista
nordestino
Vivia feito
um esmoléu
Sofrendo
feito um cachorro
Debaixo do
azul do Céu.
Até que
Emanuel Gurgel
Teve uma
grande ideia
Com a sua
intuição
Desatou “A
rede véia”
Investiu
forte numa banda
E agradou a
plateia.
Parecia um
colmeia
Toda aquela
multidão
Que se
aglomerava pra ouvir
A mais bela
inovação
Um teclado,
uma bateria
Guitarra...que
animação.
Mais alegre
o forrozão
Ficou e não
teve jeito
Um nordeste
menos sofrido
Mais
alegria no peito
O
sanfoneiro tocava
Dessa forma
satisfeito.
E esse novo
conceito
Suplantou o
forró antigo
A banda “Mastruz
com Leite”
Criada por
meu amigo
Tocava o
“Oxente music”
Que meu
amor dançou comigo.
Faz muito
tempo que eu sigo
A banda que
continua
Muito
imitada por todos
Cantarolada
na rua
Genebra,
New York e Zurique
Só faltou
tocar na lua.
Graças a
coragem sua
Amigo
Emanuel Gurgel
O
sanfoneiro é artista
Tem palco e
publico fiel
E a banda
“Mastruz com Leite”
Comandou o
carrossel.
Que eu
recordo em meu cordel
Diversas
bandas de peso
“Mel com
Terra”, “Rabo de Saia”,
E aquele
“Calango Aceso”
“catuaba
com Amendoim”
Que ouvi e
fiquei surpreso.
Pois não
tenho o rabo preso
É livre
minha opinião
Cada banda
que hoje toca
Tinha que
ter no refrão:
“a musica
do meu nordeste
É sua
concepção...”
Mas só vejo
ingratidão
De quem se
diz ser artista
Empresários
do forró
Esse é meu
ponto de vista
Porém
receba a homenagem
Do poeta
cordelista.
Não sou
especialista
Mas gosto
do adagiário
Por isso
escolhi uma frase
Espero seu
comentário
Mas antes
meus parabéns
Pelo seu
aniversario.
Até que me
provem o contrario
Nada na
vida é de graça
Pois viver
é desenhar
O futuro
sem borracha
O sucesso
sem trabalho
É um copo
sem cachaça.
Talvez você
ache graça
Mas sabe
que a regra é clara
Quem tem
medo do trabalho
Não deve
meter a cara
A preguiça é
uma ferida
Que nem
mesmo o tempo sara.
A SOMZOOM
tem sua cara
E as sua
digitais
É fruto do
seu trabalho
Eu não
esqueço jamais
É um
empreendimento arrojado
Com suas
credenciais.
Hoje eu sei
que muito mais
Com seu
tino arrojado
Você vai
realizar
E nos
deixar como legado
Mais uma
vez meu amigo
Parabéns e
obrigado.
Eu vou
deixar anotado
Nas páginas
de meu caderno
Velho amigo
e companheiro
De verão e
de inverno:
“EMANUEL
GURGEL DE QUEIRÓZ
O PAI DO
FORRÓ MODERNO”.
Nasci em
Baturité
Onde mamãe
me criou
Mas a arte
da poesia
O mundo me
ensinou
Eu sou
Pádua de Queiroz
Sou apenas
o que eu sou.
Eu
já li O 15 E OUTRAS CONQUISTAS, A MARAVILHOSA HISTORIA DA AVIAÇÃO, A HISTÓRIA
DA LITERATURA DE CORDEL, O JUMENTOCÍDEO, QUEM ACENDEU LAMPIÃO? O INDIGENISTA,
ALMIRANTE TAMANDARÉ, TRAIDORES E TRAÍDOS,O ENCONTRO DE DIMAS FILGUEIRAS E
CHINQUINHO DE XANGÔ, O BARBEIRO DE CHAGAS,O PAI DO FORRÓ MODERNO...
Entre
outros, que me apresentaram.
Personagens
brilhantes como, Rachel de Queiroz, Alberto Santos Dumont, Leandro Gomes de
Barros, Luiz Gonzaga, Virgulino Ferreira da Silva, Jeovah Mendes, Joaquim
Marques Lisboa,Emanuel Gurgel e tantos vultos de nossa história que agora em
nosso tempo são poucos lembrados. Mas a poesia de Pádua de Queiroz vem com o
propósito de resgatar a memória e os feitos de quem fez da própria vida uma
lição de vida.
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