19/05/2016

EMANUEL GURGEL - O PAI DO FORRÓ MODERNO


O pai do forró moderno




Foi escrevendo meus versos

Com papel e lápis na mão

Que fiquei a matutar

Sobre essa reflexão:

“A medicina não cura

A dor da ingratidão.”



Acredite meu irmão

Quem não sabe agradecer

Um bom dia, ou um favor

Ou se nega algo fazer

Esse só quer se servir

E não serve pra viver.



E pra você compreender

Aonde eu quero chegar

Neste sete de Março

Eu só quero homenagear

O pai do forró moderno

Com minha arte de rimar.



Então vamos recordar

O forró tradicional:

Sanfona, zabumba e triangulo

Etecetera e coisa e tal

Tinha perdido espaço

A cultura regional.



Nas festas da capital

Muita coisa se tocava

Pop rock, MPB

Nosso forró se afastava

Do gosto da juventude

Porque ninguém respeitava.



Nossa música que ficava

Sempre deixada de lado

Nos intervalos dos shows

Era raro ser tocado

O forró que Gonzagão

Havia então nos legado.



Um sanfoneiro afamado

Mendigava pela feira

Com o mesmo repertório

Tocando “Mulher Rendeira”

Sem ter o conhecimento

Da sua arte verdadeira.



Não vá pensar que é besteira

O que eu falo em meu cordel

O artista nordestino

Vivia feito um esmoléu

Sofrendo feito um cachorro

Debaixo do azul do Céu.



Até que Emanuel Gurgel

Teve uma grande ideia

Com a sua intuição

Desatou “A rede véia”

Investiu forte numa banda

E agradou a plateia.



Parecia um colmeia

Toda aquela multidão

Que se aglomerava pra ouvir

A mais bela inovação

Um teclado, uma bateria

Guitarra...que animação.



Mais alegre o forrozão

Ficou e não teve jeito

Um nordeste menos sofrido

Mais alegria no peito

O sanfoneiro tocava

Dessa forma satisfeito.



E esse novo conceito

Suplantou o forró antigo

A banda “Mastruz com Leite”

Criada por meu amigo

Tocava o “Oxente music”

Que meu amor dançou comigo.



Faz muito tempo que eu sigo

A banda que continua

Muito imitada por todos

Cantarolada na rua

Genebra, New York e Zurique

Só faltou tocar na lua.



Graças a coragem sua

Amigo Emanuel Gurgel

O sanfoneiro é artista

Tem palco e publico fiel

E a banda “Mastruz com Leite”

Comandou o carrossel.



Que eu recordo em meu cordel

Diversas bandas de peso

“Mel com Terra”, “Rabo de Saia”,

E aquele “Calango Aceso”

“catuaba com Amendoim”

Que ouvi e fiquei surpreso.



Pois não tenho o rabo preso

É livre minha opinião

Cada banda que hoje toca

Tinha que ter no refrão:

“a musica do meu nordeste

É sua concepção...”



Mas só vejo ingratidão

De quem se diz ser artista

Empresários do forró

Esse é meu ponto de vista

Porém receba a homenagem

Do poeta cordelista.



Não sou especialista

Mas gosto do adagiário

Por isso escolhi uma frase

Espero seu comentário

Mas antes meus parabéns

Pelo seu aniversario.



Até que me provem o contrario

Nada na vida é de graça

Pois viver é desenhar

O futuro sem borracha

O sucesso sem trabalho

É um copo sem cachaça.



Talvez você ache graça

Mas sabe que a regra é clara

Quem tem medo do trabalho

Não deve meter a cara

A preguiça é uma ferida

Que nem mesmo o tempo sara.



A SOMZOOM tem sua cara

E as sua digitais

É fruto do seu trabalho

Eu não esqueço jamais

É um empreendimento arrojado

Com suas credenciais.



Hoje eu sei que muito mais

Com seu tino arrojado

Você vai realizar

E nos deixar como legado

Mais uma vez meu amigo

Parabéns e obrigado.



Eu vou deixar anotado

Nas páginas de meu caderno

Velho amigo e companheiro

De verão e de inverno:

“EMANUEL GURGEL DE QUEIRÓZ

O PAI DO FORRÓ MODERNO”.



Nasci em Baturité

Onde mamãe me criou

Mas a arte da poesia

O mundo me ensinou

Eu sou Pádua de Queiroz

Sou apenas o que eu sou.




Eu já li O 15 E OUTRAS CONQUISTAS, A MARAVILHOSA HISTORIA DA AVIAÇÃO, A HISTÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL, O JUMENTOCÍDEO, QUEM ACENDEU LAMPIÃO? O INDIGENISTA, ALMIRANTE TAMANDARÉ, TRAIDORES E TRAÍDOS,O ENCONTRO DE DIMAS FILGUEIRAS E CHINQUINHO DE XANGÔ, O BARBEIRO DE CHAGAS,O PAI DO FORRÓ MODERNO...

Entre outros, que me apresentaram.

Personagens brilhantes como, Rachel de Queiroz, Alberto Santos Dumont, Leandro Gomes de Barros, Luiz Gonzaga, Virgulino Ferreira da Silva, Jeovah Mendes, Joaquim Marques Lisboa,Emanuel Gurgel e tantos vultos de nossa história que agora em nosso tempo são poucos lembrados. Mas a poesia de Pádua de Queiroz vem com o propósito de resgatar a memória e os feitos de quem fez da própria vida uma lição de vida.

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