CONHEÇA
BATURITÉ
Baturité pra
turismo
Tem grande
potencial
O turismo
Ecológico,
Religioso e
cultural
Conheça
Baturité
Cidade
histórica que é
Patrimônio
nacional.
Venha comigo
fazer
Um “Tour” nesta
poesia
Da zona Rural a
Urbana
Conhecimento e
alegria
Sei que você
vai gostar
Mas antes quero
explicar
Que em nossa
Geografia.
Serra de
Guaramiranga
No mapa nunca
existiu
Na Região do
Maciço
No Nordeste do
Brasil
Foi na terra
das bananeiras
Do café e das
cachoeiras
Em Baturité que
surgiu.
A cidade de
Guaramiranga
Que fica no
topo da serra
Foi distrito
desmembrado
Quem omite o
fato erra
A história é
que diz isso
Que a
cidade-mãe do Maciço
É Baturité,
minha terra.
Então deixemos
este assunto
Pra quem deseja
mudar
O que a
história escreveu
Ninguém pode
apagar
“SERRA DE
BATURITÉ”
Pelo Turismo da
fé
Vamos juntos
caminhar.
Vejam igreja da
Matriz
Ainda hoje
preservada
Em mil
setecentos e sessenta
E dois foi
inaugurada
É santuário que
acalma
E a Nossa
Senhora da Palma
A ela foi
consagrada.
E mesmo sendo
um templo
Para culto e
oração
Serviu para
outros fins
Durante a
Revolução
Do Equador que
eclodiu
Do Nordeste do
Brasil
E teve como
função.
De depósito
para pólvora
E todo tipo de
armamento
É a edificação
mais antiga
Que eu tenho conhecimento
É de uma beleza
ímpar
Conservada e
sempre limpa
Não sai do meu
pensamento.
Quando a seca
dos dois setes
Assolou o meu
Ceará
Tamanho foi o
flagelo
Que tomou conta
de cá
Vinha gente do
sertão
E de toda
Região
Para não morrer
por lá.
Então nosso
Imperador
Homem culto e
consciente
Quando soube da
miséria
Da seca que
impunimente
Maltratava o
seu povo
Assinou um
decreto novo
Pra ajudar
aquela gente.
“Que venda o
último brilhante
Da minha coroa
real
Mas não deixe
um cearense
Perecer do
grande mal
Ninguém vai
morrer de fome
Nesta seca que
consome
O recurso
natural.”
Ai então se
formou
Uma frente
trabalhista
Construindo
grandes prédios
Açudes a perder
de vista
Que em troca de
comida
Água pra manter
a vida
No período
Imperialista.
Em Baturité
ergueram
Com a força dos
retirantes
E trabalhadores
locais
Os prédios mais
importantes
Em três anos,
um desafio
O “Palácio
entre rios”
E outro mais
adiante.
A Igreja de
Santa Luzia
De beleza que
comove
Inaugurada em
Mil
Oitocentos e
setenta e nove
No governo
Imperial
Que vislumbrou
afinal
Que o trabalho
resolve.
Nós já tínhamos
a linha férrea
Mas a obra
estava lenta
Além da seca,
faltava
A mão de obra
que sustenta
Um
empreendimento moderno
Devido ao
escasso inverno
Nenhuma Nação aguenta.
Sei que “a seca
dos dois sete”
O destino nos
impôs
E diante tal
fato
A população se
propôs
Mesmo com
dificuldade
O trem chegou
na cidade
Em mil
oitocentos e oitenta e dois.
Os retirantes
da seca
Se empenharam
na labuta
Dia e noite sem
cessar
Numa épica e
grande luta
Concluíram a
ferrovia
Veio o trem,
chuva, alegria
E vencemos a
disputa.
Cada tijola
assentado
Temos histórias
a contar
Imaginem “Cem
Milheiros”
Que romance
iria dar
Esta eu vou
resumir
Mas não posso
omitir
Ocorreu no meu
lugar.
No bairro do
Putiú
De vista para a
estação
O padre
Bernardino
Deu a sua
autorização
Para construir
uma capela
Bem formosa e
singela
Para o povo em
oração.
Agradecer a
CRISTO REI
A vida, a paz e
o amor
O Senhor
Anderson Ferro
Foi um grande
colaborador
Doou a imagem
de Maria
Que ele então
possuía
E a de Cristo
Redentor.
No ano mil
novecentos
E quatorze se
iniciou
A obra do
grande templo
Que nos
alicerces parou
Devido a escassez
De tijolos e
dessa vez
Um homem se
apresentou.
Era Pórfirio
Bandeira
Que morava em
frente a linha
E explicou para
o Padre
Que em sua
propriedade tinha
O material
necessário
Para o trabalho
diário
Na construção
da igrejinha.
O padre disse:
meu filho
Já dar para
começar.
Quantos tijolos
você
Se dispõe a nos
doar?
Falou olhando
pra cima:
Até a cruz nós termina
Pode mandar ir
buscar!
Cabe lembrar
que essa época
O mundo estava
virado
A Primeira
grande guerra
Na Europa tinha
estourado
E a Sedição de
Juazeiro
Do padre Santo
Romeiro
Eclodiu em
nosso estado.
Eu só sei que
neste tempo
De um fato
ocorrido
Pelas tropas de
“jagunços”
Baturité foi
invadido
O Putiú foi
poupado
Porque ali foi
encontrado
Dois caixotes
escondidos.
Contendo as
imagens doadas
Para o altar da
capela
Os jagunços
recuaram
Vendo imagens
tão belas
Pondo fim no
pesadelo
Partiram pra
depor Rabelo
Sem deixar
muitas sequelas.
A data da
inauguração
Pesquisando me
enrolei
Dizem que foi
em dezessete
Ou dezenove eu
não sei
Duas datas
diferentes
Mas confesso
minha gente
É verdade o que
eu falei.
No início do
Século Vinte
Baturité
vivencia
Um movimento
religioso
Com o jovem
Ananias
E o Vigário
local
Que de forma
sensacional
Construíram com
ousadia.
Num espaço de
nove anos
A Escola dos
Jesuítas
O nosso Círculo
Operário
Com intuito
paternalista
O instituto
Auxiliadora
Que de forma
inovadora
Era algo
surrealista.
E o Colégio
Domingos Sávio
O nosso Ananias
Arruda
Ao lado do
Monsenhor
Manoel Cândido,
tudo muda
Investiu na
educação
Através da
religião
Pra não
precisarem de ajuda.
No mundo da
educação
Baturité era
referencia
Jovens de
outros Estados
Fixavam
residência
E com essa
atitude
Os princípios
da Virtude
E as lições das
Ciências.
Recebiam
durante as aulas
Para toda vida
levar
E grandes nomes
surgiram
Na história do
Ceará
Godofredo e
Júlio Maciel
Desempenharam
seu papel
Como filhos
deste lugar.
Além de Stênio
Gomes
Que foi nosso
Governador
Entre tantos
baturiteenses
Que provaram o
seu valor
Mas graças a
ousadia
De Abnegado
Ananias
E Manoel
Cândido, o Monsenhor.
Foi Ananias
Arruda
Que teve a
ideia e fez
Outra magnifica
obra
E seu povo
dessa vez
No turismo
religioso
Ostentava
orgulho
Com tamanha
altivez.
Um monumento a
Virgem
Maria Mãe de
Jesus
Com o olhar pra
cidade
Como quem guia
e conduz
O povo de
Baturité
Para os
caminhos da fé
Com sua Divina
luz.
Visite a nossa
cidade
Temos muito a
mostrar
O museu
ferroviário
E logo ao lado
estar
Uma replica
parecida
Da máquina que
trouxe vida
Ao povo deste
lugar.
Eu ainda era
menino
Mas me lembro
muito bem
Na Praça do
Putiú
Não cabia mais
ninguém
Foi um dia
extraordinário
Que marcava o
centenário
Que chegou o
primeiro trem.
Foi uma máquina
a vapor
Que trouxe a
composição
De passageiro e
de cargas
Da capital ao
sertão
Movimentando a
economia
E o que a
região produzia
Com o café e o algodão.
Hoje a antiga
estação
Abriga a nossa
cultura
Além de um belo
museu
No presente
hoje figura
Entre os mais
belos que há
No Estado do
Ceará
Por sua arquitetura.
No Quilombo do
Evaristo
Os nossos
antepassados
Repousam os
restos mortais
Recentemente
encontrados
Num Eco museu
expõe
Para todos o
que propõe
Estudar o
grande achado.
O mirante do
cruzeiro
Este eu sei que
é imperdível
Proporciona ao
turista
Uma paisagem
incrível
Foi sonho idealizado
E também
concretizado
Por alguém que
achou possível.
Construir uma
cruz de ferro
Simbolizado a
fé
De um povo que
faz história
De um povo
forte que é
Símbolo desta
região
Humilde e de
bom coração
Filhos de
Baturité.
Fred Solon,
sacerdote
Nos deixou este
legado
O mirante do
cruzeiro
É bastante
visitado
Com vistas para
o mosteiro
E Baturité
inteiro
E eu fico
maravilhado.
O parque das
cachoeiras
A barragem
“Tijuquinha”
A “cachoeira do
Urubú”
E uma mata tão
fresquinha
O “Poço da
Moça” e do “Tacho”
Tem beleza que
eu só acho
Aqui na minha
terrinha.
Para quem gosta
e aprecia
Nossa
Biodiversidade
Pode então
fotografar
Toda variedade
Do orquidário
natural
Desfrutando a
liberdade.
De ouvir o
canto dos pássaros
Do sabiá ao
verdelino
Ouvir o estalar
das asas
Do beija-flor
pequenino
Tatu peba,
Cuandu,
Tejo, Mocó e
Jacú
Mil tesouros
Nordestino.
Se eu pudesse
nascer
Outra vez eu
pediria
Para o Senhor
do Universo
Novamente esta alegria
De ser poeta
serrano
Baturité não me
engano
É inspiração, é
poesia.
Nossa cidade é
tão rica
Devemos mais
conhecer
O passado estar
presente
Em tudo podemos
ver
A história de
um povo
Quem veio venha
de novo
E muito mais
vai aprender.
IN MEMÓRIA DE MEU AVÔ MATERNO
PORFÍRIO BANDEIRA DE QUEIRÓZ
IN MEMÓRIA DE MEU AVÔ MATERNO
PORFÍRIO BANDEIRA DE QUEIRÓZ
Baturité,Ce Pádua de
Queiróz – 17.11.2018
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